terça-feira, 29 de novembro de 2011

“VISITA DE ESTUDO AO TEJO INTERNACIONAL”

Na visita de estudo realizada no passado dia 23 de Outubro à zona do “Tejo internacional”, tivemos a oportunidade de contactar com algumas espécies autóctones, de entre a grande variedade existente no respectivo local.
Logo pela manhã e ainda a caminho de Castelo Branco, tivemos a sorte de receber um livro muito interessante e completo sobre o local que íamos visitar, que nos informava acerca de todo o ecossistema do Tejo internacional, a sua fauna, flora e até a história e topografia de toda a extensão de terreno por onde se pode circular, incluindo percursos pedestres e rodoviários com vários graus de dificuldade. Chegados a Castelo Branco, seguimos (após uma breve pausa, para petiscar algo) para o centro de interpretação ambiental, que, com umas instalações não muito grandes consegue dar resposta, por forma a ter já diversos equipamentos interactivos , Existe inclusivé uma canoa onde, numa viagem virtual, projectada numa tela em frente, nos leva Tejo abaixo, para melhor nos dar a conhecer o ecossistema das margens do rio, aparelho este que, infelizmente se encontrava avariado.
Após a breve, mas produtiva visita, estivemos uns minutos á conversa com o director do centro, (engenheiro Fernando Queiróz) fomos presenteados mais uma vez, com outro livro, onde os desenhos de várias espécies (pintados à mão) vêm acompanhados de uma pequena descrição que nos informa das caracteristicas mais importantes das espécies mais representativas da região.

Depois do almoço, seguimos rumo a Salvaterra do Extremo, (Via Segura) onde deixámos a carrinha e seguimos a pé na direcção do rio Erges no fundo da ravina através de um dos muitos percursos pedestres existentes no local.A meio do caminho e depois de passarmos pelas antigas “furdas”, (que eram pocilgas cobertas) descemos a encosta até à margem do rio pela estreita garganta num local espectacular com o castelo de Penafiel no monte fronteiro do outro lado do rio e já em território espanhol. Durante a descida, junto ao antigo posto da guarda fiscal, (agora completamente em ruínas) visitámos uma pequena cabana, que serve de posto de observação de aves para ornitólogos, biólogos e acessivel a todo o tipo de turistas. Nós fomos até ao abrigo, onde vivia uma bela colónia de osgas, no local, vimos também alguns grifos e tivémos a sorte de avistar, mesmo a levantar por trás da encosta onde nos encontrávamos, uma bonita águia-real, que está practicamente extinta. Divisámos também, o local de nidificação de algumas dessas aves, nas penedias em frente ao observatório e nas ruínas do castelo.Chegados ao fundo da ravina, e consequentemente, à margem do rio, fomos visitar um moinho de àgua em ruínas, nas expectativa de encontrar lá alguns exemplares de morcegos (que segundo a nossa formadora, que já trabalhou no local, habitam nesse sítio) mas infelizmente, nem o primeiro, apesar de o chão estar repleto de excrementos de morcego. A resposta à ausência de animais, atribui-se provávelmente à ocupação humana, da qual encontrámos vestigios demasiado flagrantes de desrespeito pelo local e pela natureza.
Vislumbrámos ainda alguns vestígios de javali e veado, tais como, fezes e pegadas.
Na parte referente à flora, vimos imensos tipos de àrvores e arbustos, a maioria das quais (tais como, pilriteiro, giesta, urze, azinheira, oliveira, zambujeiro, etc) já conheciamos do local onde temos formação, e das respectivas aulas.
Ao final do dia foi o regresso à Guarda, onde chegámos já à noite.
Tendo em conta tudo o que havia possibilidade de ver, um dia acabou por ser muito pouco, mas valeu bem a pena, e os resultados obtidos foram, na minha perspectiva, bastante proveitosos, para além de que a beleza do local só por si justifica uma visita.

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