terça-feira, 29 de novembro de 2011

“VISITA DE ESTUDO AO TEJO INTERNACIONAL”

Na visita de estudo realizada no passado dia 23 de Outubro à zona do “Tejo internacional”, tivemos a oportunidade de contactar com algumas espécies autóctones, de entre a grande variedade existente no respectivo local.
Logo pela manhã e ainda a caminho de Castelo Branco, tivemos a sorte de receber um livro muito interessante e completo sobre o local que íamos visitar, que nos informava acerca de todo o ecossistema do Tejo internacional, a sua fauna, flora e até a história e topografia de toda a extensão de terreno por onde se pode circular, incluindo percursos pedestres e rodoviários com vários graus de dificuldade. Chegados a Castelo Branco, seguimos (após uma breve pausa, para petiscar algo) para o centro de interpretação ambiental, que, com umas instalações não muito grandes consegue dar resposta, por forma a ter já diversos equipamentos interactivos , Existe inclusivé uma canoa onde, numa viagem virtual, projectada numa tela em frente, nos leva Tejo abaixo, para melhor nos dar a conhecer o ecossistema das margens do rio, aparelho este que, infelizmente se encontrava avariado.
Após a breve, mas produtiva visita, estivemos uns minutos á conversa com o director do centro, (engenheiro Fernando Queiróz) fomos presenteados mais uma vez, com outro livro, onde os desenhos de várias espécies (pintados à mão) vêm acompanhados de uma pequena descrição que nos informa das caracteristicas mais importantes das espécies mais representativas da região.

Depois do almoço, seguimos rumo a Salvaterra do Extremo, (Via Segura) onde deixámos a carrinha e seguimos a pé na direcção do rio Erges no fundo da ravina através de um dos muitos percursos pedestres existentes no local.A meio do caminho e depois de passarmos pelas antigas “furdas”, (que eram pocilgas cobertas) descemos a encosta até à margem do rio pela estreita garganta num local espectacular com o castelo de Penafiel no monte fronteiro do outro lado do rio e já em território espanhol. Durante a descida, junto ao antigo posto da guarda fiscal, (agora completamente em ruínas) visitámos uma pequena cabana, que serve de posto de observação de aves para ornitólogos, biólogos e acessivel a todo o tipo de turistas. Nós fomos até ao abrigo, onde vivia uma bela colónia de osgas, no local, vimos também alguns grifos e tivémos a sorte de avistar, mesmo a levantar por trás da encosta onde nos encontrávamos, uma bonita águia-real, que está practicamente extinta. Divisámos também, o local de nidificação de algumas dessas aves, nas penedias em frente ao observatório e nas ruínas do castelo.Chegados ao fundo da ravina, e consequentemente, à margem do rio, fomos visitar um moinho de àgua em ruínas, nas expectativa de encontrar lá alguns exemplares de morcegos (que segundo a nossa formadora, que já trabalhou no local, habitam nesse sítio) mas infelizmente, nem o primeiro, apesar de o chão estar repleto de excrementos de morcego. A resposta à ausência de animais, atribui-se provávelmente à ocupação humana, da qual encontrámos vestigios demasiado flagrantes de desrespeito pelo local e pela natureza.
Vislumbrámos ainda alguns vestígios de javali e veado, tais como, fezes e pegadas.
Na parte referente à flora, vimos imensos tipos de àrvores e arbustos, a maioria das quais (tais como, pilriteiro, giesta, urze, azinheira, oliveira, zambujeiro, etc) já conheciamos do local onde temos formação, e das respectivas aulas.
Ao final do dia foi o regresso à Guarda, onde chegámos já à noite.
Tendo em conta tudo o que havia possibilidade de ver, um dia acabou por ser muito pouco, mas valeu bem a pena, e os resultados obtidos foram, na minha perspectiva, bastante proveitosos, para além de que a beleza do local só por si justifica uma visita.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

COMO NASCEM AS ABELHAS


Três dias depois de ser fecundada a abelha rainha começa a desovar, pondo um ovo em cada alvéolo. Uma rainha pode pôr cerca de três mil ovos por dia. Durante o seu ciclo, as abelhas passam por quatro etapas muito diferenciadas:

Ovo.
Larva.
Ninfa.
Adulto.

ABELHAS, AQUELA ORGANIZAÇÃO

A SOCIEDADE DAS ABELHAS

LISTA DE COGUMELOS COMESTÍVEIS
Extracto do ficheiro da Société mycologique de France.

AGARICUS AESTIVALIS
AGARICUS AESTIVALIS var.FLAVOTACTA
AGARICUS ANNAE
AGARICUS ARVENSIS
AGARICUS ARVENSIS var.MACROLEPIS
AGARICUS AUGUSTUS
AGARICUS AUGUSTUS var.ALBUS
AGARICUS AUGUSTUS var.PERRARUS
AGARICUS BENESII
AGARICUS BISPORUS
AGARICUS BISPORUS var.ALBIDUS
AGARICUS BITORQUIS
AGARICUS BITORQUIS var.VALIDUS
AGARICUS BOHUSII
AGARICUS BOISSELETII
AGARICUS CAMPESTRIS
AGARICUS CAMPESTRIS var.EQUESTRIS
AGARICUS CAMPESTRIS var.FLOCCIPES
AGARICUS CAMPESTRIS var.FUSCOPILOSELLUS
AGARICUS CAMPESTRIS var.SQUAMULOSUS
AGARICUS CHIONODERMUS
AGARICUS COMTULUS
AGARICUS CUPREOBRUNNEUS
AGARICUS DEPAUPERATUS
AGARICUS DEVONIENSIS
AGARICUS DULCIDULUS
AGARICUS ESSETTEI
AGARICUS EXCELLENS
AGARICUS FISSURATUS
AGARICUS GENNADII
AGARICUS HAEMORRHOIDARIUS
AGARICUS HAEMORRHOIDARIUS var.SILVATICOIDES
AGARICUS HEIMII
AGARICUS LANGEI
AGARICUS LANIPES
AGARICUS LEUCOTRICHUS
AGARICUS LITORALIS
AGARICUS LUTOSUS
AGARICUS MACROCARPUS
AGARICUS MACROSPORUS
AGARICUS MALEOLENS
AGARICUS MASKAE
AGARICUS MEDIOFUSCUS
AGARICUS MOELLERIANUS
AGARICUS NIVESCENS
AGARICUS NIVESCENS var.SQUARROSIPES
AGARICUS OSECANUS
AGARICUS PAMPEANUS
AGARICUS PEQUINII
AGARICUS PORPHYRIZON
AGARICUS PORPHYRIZON var.COOKEI
AGARICUS PORPHYROCEPHALUS
AGARICUS PSEUDOPRATENSIS
AGARICUS PURPURELLUS
AGARICUS RUSIOPHYLLUS
AGARICUS SILVATICUS
AGARICUS SILVATICUS var.FUSCOSQUAMATUS
AGARICUS SILVATICUS var.PALLIDUS
AGARICUS SILVICOLA
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
AGARICUS SPISSICAULIS
AGARICUS SQUAMULIFER
AGARICUS SQUAMULIFER var.CAROLII
AGARICUS STRAMINEUS
AGARICUS SUBFLOCCOSUS
AGARICUS SUBPERONATUS
AGARICUS VAPORARIUS
AGARICUS WASSERI
AGROCYBE CHAXINGU
AGROCYBE CYLINDRACEA
AGROCYBE EREBIA
AGROCYBE PALUDOSA
AGROCYBE PRAECOX
AGROCYBE PRAECOX f.CUTIFRACTA
ALEURIA AURANTIA
AMANITA ARGENTEA
AMANITA ASPERA
AMANITA BECKERI
AMANITA BEILLEI
AMANITA BOUDIERI
AMANITA CAESAREA
AMANITA CAESAREA f.ALBA
AMANITA CECILIAE
AMANITA CODINAE
AMANITA CROCEA
AMANITA CROCEA Var.AURANTIOFULVA
AMANITA CURTIPES
AMANITA EXCELSA
AMANITA FLAVESCENS
AMANITA FULVA
AMANITA FULVA f.ALBA
AMANITA FUSCOOLIVACEA
AMANITA GILBERTII
AMANITA GRACILIOR
AMANITA LACTEA
AMANITA LEPIOTOIDES
AMANITA LIVIDOPALLESCENS
AMANITA MAIREI
AMANITA MAIREI f.SUPRAVOLVATA
AMANITA MALLEATA
AMANITA NIVALIS
AMANITA OVOIDEA
AMANITA PLUMBEA
AMANITA PONDEROSA
AMANITA RUBESCENS
AMANITA RUBESCENS f.ALBA
AMANITA RUBESCENS var.ANNULOSULFUREA
AMANITA SPADICEA
AMANITA SPISSA
AMANITA STROBILIFORMIS
AMANITA SUBMEMBRANACEA
AMANITA SUBMEMBRANACEA var.GRISEOARGENTATA
AMANITA VAGINATA
AMANITA VAGINATA f.OLIVACEOVIRIDIS
AMANITA VAGINATA f.PLUMBEA
AMANITA VAGINATA var.ALBA
AMANITA VAGINATA var.ALUTACEOVERGENS
AMANITA VAGINATA var.ARGENTATA
AMANITA VAGINATA var.BADIA
AMANITA VAGINATA var.ELONGATA
AMANITA VALENS
AMANITA VALIDA
AMANITA VITTADINII
ARMILLARIA BOREALIS
ARMILLARIA CEPISTIPES
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
ARMILLARIA ECTYPA
ARMILLARIA GALLICA
ARMILLARIA MELLEA
ARMILLARIA OSTOYAE
ARMILLARIA TABESCENS
AUREOBOLETUS GENTILIS
AURICULARIA AURICULA-JUDAE
AURICULARIA AURICULA-JUDAE var.LACTEA
AURICULARIA POLYTRICHA
BALSAMIA VULGARIS
BOLETELLUS PRUINATUS f.LUTEOCARNOSUS
BOLETINUS CAVIPES
BOLETINUS CAVIPES f.AUREUS
BOLETOPSIS LEUCOMALAENA
BOLETOPSIS LEUCOMELAENA
BOLETUS AEREUS
BOLETUS AESTIVALIS
BOLETUS APPENDICULATUS
BOLETUS BETULICOLA
BOLETUS BICOLOR
BOLETUS BICOLOR var.SUBRETICULATUS
BOLETUS BRUNNEOBADIUS
BOLETUS CARPINACEUS
BOLETUS CLAVIPES
BOLETUS DEPILATUS
BOLETUS DEPILATUS f.SANGUINEOMACULATUS
BOLETUS DUPAINII
BOLETUS EDULIS
BOLETUS EDULIS f.ARCTICUS
BOLETUS EDULIS var.ARENARIUS
BOLETUS ERYTHROPUS
BOLETUS ERYTHROPUS var.RUBROPILEUS
BOLETUS FECHTNERI
BOLETUS FRAGRANS
BOLETUS IMPOLITUS
BOLETUS JUNQUILLEUS
BOLETUS LURIDUS
BOLETUS LURIDUS var.RUBRICEPS
BOLETUS MAMORENSIS
BOLETUS PERSOONII
BOLETUS PINOPHILUS
BOLETUS POIKILOCHROMUS
BOLETUS PSEUDOREGIUS
BOLETUS PURPUREUS
BOLETUS QUELETII
BOLETUS QUELETII var.DISCOLOR
BOLETUS QUELETII var.RUBICUNDUS
BOLETUS REGIUS
BOLETUS RHODOXANTHUS
BOLETUS SEPARANS
BOLETUS SPECIOSUS
BOLETUS SPRETUS
BOLETUS SUBAPPENDICULATUS
BOLETUS TOROSUS
BOLETUS VENTURII
BOLETUS XANTHOCYANEUS
BONDARZEWIA MESENTERICA
BOVISTA NIGRESCENS
CALLISTOSPORIUM XANTHOPHYLLUM
CALOCYBE CONSTRICTA
CALOCYBE GAMBOSA
CALOCYBE GEORGII var.GRAVEOLENS
CALOCYBE LEUCOCEPHALA
CALOSCYPHA FULGENS
CALVATIA CYATHIFORMIS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
CALVATIA EXCIPULIFORMIS
CALVATIA UTRIFORMIS
CANTHARELLULA UMBONATA
CANTHARELLUS CIBARIUS
CANTHARELLUS CIBARIUS Var. AMETHYSTEUS
CANTHARELLUS CIBARIUS Var. PALLIDUS
CANTHARELLUS CIBARIUS var.BICOLOR
CANTHARELLUS CIBARIUS var.FERRUGINASCENS
CANTHARELLUS CIBARIUS var.SALMONEUS
CANTHARELLUS FRIESII
CANTHARELLUS IANTHINOXANTHUS
CANTHARELLUS KONRADII
CANTHARELLUS LUTESCENS
CANTHARELLUS MELANOXEROS
CANTHARELLUS TUBIFORMIS
CANTHARELLUS TUBIFORMIS var.LUTESCENS
CATATHELASMA IMPERIALE
CHALCIPORUS RUBINUS
CHOIROMYCES VENOSUS
CHROOGOMPHUS HELVETICUS
CHROOGOMPHUS RUTILUS
CHROOGOMPHUS RUTILUS f.TESTACEUS
CLAVARIA PURPUREA
CLAVARIADELPHUS PISTILLARIS
CLAVARIADELPHUS TRUNCATUS
CLAVULINA RUGOSA
CLITOCYBE ALEXANDRI
CLITOCYBE BRUMALIS
CLITOCYBE CLAVIPES
CLITOCYBE CONCAVA
CLITOCYBE COSTATA
CLITOCYBE DECEMBRIS
CLITOCYBE DITOPA
CLITOCYBE FLACCIDA f.CAESPITOSA
CLITOCYBE GEOTROPA
CLITOCYBE GEOTROPA var.MAXIMA
CLITOCYBE GIBBA
CLITOCYBE INCILIS
CLITOCYBE LANGEI
CLITOCYBE METACHROA
CLITOCYBE METACHROIDES
CLITOCYBE NEBULARIS
CLITOCYBE NEBULARIS f.ALBA
CLITOCYBE ODORA
CLITOCYBE ODORA var.ALBA
CLITOCYBE RADICELLATA
CLITOCYBE RHIZOPHORA
CLITOCYBE SINOPICA
CLITOCYBE SQUAMULOSOIDES
CLITOCYBE TRULLIFORMIS
CLITOCYBE VIBECINA
CLITOCYBULA LACERATA
CLITOPILUS HOBSONII
CLITOPILUS PRUNULUS
CLITOPILUS SCYPHOIDES
COLLYBIA ACERVATA
COLLYBIA ALKALIVIRENS
COLLYBIA BENOISTII
COLLYBIA BUTYRACEA
COLLYBIA BUTYRACEA var.ASEMA
COLLYBIA CONFLUENS
COLLYBIA DISTORTA
COLLYBIA DRYOPHILA
COLLYBIA DRYOPHILA var.AQUOSA
COLLYBIA DRYOPHILA var.FUNICULARIS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
COLLYBIA DRYOPHILA var.OEDIPUS
COLLYBIA EXTUBERANS
COLLYBIA FUSCOPURPUREA
COLLYBIA FUSIPES
COLLYBIA KUEHNERIANA
COLLYBIA PROLIXA
COLLYBIA TERGINA
COPRINUS COMATUS
COPRINUS COMATUS var.OVATUS
CORTINARIUS ALBOVIOLACEUS
CORTINARIUS ALLUTUS
CORTINARIUS ANOMALUS
CORTINARIUS AUREOFULVUS
CORTINARIUS AZUREUS
CORTINARIUS BALTEATOALBUS
CORTINARIUS BALTEATOCLARICOLOR
CORTINARIUS BALTEATOCUMATILIS
CORTINARIUS BALTEATOCUMATILIS var.LAETUS
CORTINARIUS BALTEATUS
CORTINARIUS BIVELUS
CORTINARIUS BULLIARDII
CORTINARIUS BULLIARDII var.VIOLASCENS
CORTINARIUS CAERULESCENS
CORTINARIUS CAERULESCENS var.EUCAERULEUS
CORTINARIUS CALOCHROUS
CORTINARIUS CANINUS
CORTINARIUS CLARICOLOR var.TURMALIS
CORTINARIUS COLLINITUS
CORTINARIUS CONIFERARUM
CORTINARIUS CORROSUS
CORTINARIUS CUMATILIS
CORTINARIUS CYANOBASALIS
CORTINARIUS CYANOPUS
CORTINARIUS DELIBUTUS
CORTINARIUS DELIBUTUS f.DECURRENTIFOLIUS
CORTINARIUS DELIBUTUS f.SURATOIDES
CORTINARIUS DELIBUTUS var.FULVOLUTEUS
CORTINARIUS DELIBUTUS var.FULVUS
CORTINARIUS DELIBUTUS var.ILLIBATUS
CORTINARIUS DELIBUTUS var.NAEVOSUS
CORTINARIUS ELEGANTIOR
CORTINARIUS GEORGIANAE
CORTINARIUS GLAUCOPUS
CORTINARIUS GLAUCOPUS var.ACYANEUS
CORTINARIUS GLAUCOPUS var.OLIVACEUS
CORTINARIUS LARGUS
CORTINARIUS LIVIDOOCHRACEUS
CORTINARIUS LUTEOIMMARGINATUS
CORTINARIUS MAIREI
CORTINARIUS MUCIFLUUS
CORTINARIUS MUCOSUS
CORTINARIUS MULTIFORMIS
CORTINARIUS MURICINOIDES
CORTINARIUS NEMORENSIS
CORTINARIUS OCHROPALLIDUS
CORTINARIUS OLIDUS
CORTINARIUS PRAESTANS
CORTINARIUS PSEUDOLARGUS
CORTINARIUS PURPURASCENS
CORTINARIUS SEBACEUS
CORTINARIUS SERICATUS
CORTINARIUS SUBCLARICOLOR
CORTINARIUS TRIUMPHANS
CORTINARIUS VARIECOLOR
CORTINARIUS VARIUS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
CORTINARIUS VERALLOPUS
CORTINARIUS VIOLACEUS
CRATERELLUS CORNUCOPIOIDES
CRATERELLUS CORNUCOPIOIDES var.FLAVICANS
CREOLOPHUS CIRRHATUS
CUPHOPHYLLUS CEREOPALLIDUS
CUPHOPHYLLUS CINEREUS
CUPHOPHYLLUS COLEMANNIANUS
CUPHOPHYLLUS FUSCESCENS
CUPHOPHYLLUS LACMUS
CUPHOPHYLLUS NIVEUS
CUPHOPHYLLUS NIVEUS f.ROSEIPES
CUPHOPHYLLUS OCHRACEOPALLIDUS var.MESOPHAEUS
CUPHOPHYLLUS PRATENSIS
CUPHOPHYLLUS PRATENSIS f.PALLIDIFOLIUS
CUPHOPHYLLUS PRATENSIS var.VITULINUS
CUPHOPHYLLUS SUBRADIATUS
CUPHOPHYLLUS VIRGINEUS
CYSTODERMA GRANULOSUM
CYSTODERMA GRANULOSUM f.ROBUSTUM
CYSTODERMA TERREYI
CYSTODERMA TERREYI var.CLARICOLOR
DENDROPOLYPORUS UMBELLATUS
DERMOLOMA ATROCINEREUM
DERMOLOMA CUNEIFOLIUM
DERMOLOMA CUNEIFOLIUM var.PUNCTIPES
DERMOLOMA PSEUDOCUNEIFOLIUM
DISCINA FASTIGIATA
DISCINA PERLATA
DISCIOTIS VENOSA
DISCIOTIS VENOSA f.RADICANS
ENTOLOMA AMEIDES
ENTOLOMA APRILE
ENTOLOMA BAHUSIENSE
ENTOLOMA BLOXAMII
ENTOLOMA CLYPEATUM
ENTOLOMA CLYPEATUM f.HYBRIDUM
ENTOLOMA CLYPEATUM var.DEFIBULATUM
ENTOLOMA ICTERINUM
ENTOLOMA SAUNDERSII
ENTOLOMA SEPIUM
FISTULINA HEPATICA
FLAMMULINA FENNAE
FLAMMULINA VELUTIPES
FLAMMULINA VELUTIPES f.LONGISPORA
FLAMMULINA VELUTIPES var.LACTEA
FLOCCULARIA RICKENII
GALERINA SPHAGNORUM
GERRONEMA ALBIDUM
GERRONEMA INCARNATUM
GOMPHIDIUS GLUTINOSUS
GOMPHIDIUS MACULATUS
GOMPHIDIUS ROSEUS
GOMPHUS CLAVATUS
GRIFOLA FRONDOSA
GYROMITRA TASMANICA
GYROPORUS CASTANEUS var.LACTEUS
GYROPORUS CYANESCENS
GYROPORUS CYANESCENS var.LACTEUS
GYROPORUS CYANESCENS var.SULFUREUS
GYROPORUS CYANESCENS var.VIOLACEOTINCTUS
HEBELOMA EDURUM
HEBELOMA RADICOSUM
HELVELLA ACETABULUM
HELVELLA CRISPA
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
HELVELLA CRISPA var.PITYOPHILA
HELVELLA LACUNOSA
HELVELLA LEUCOMELAENA
HEMIPHOLIOTA POPULNEA
HERICIUM CLATHROIDES
HERICIUM FLAGELLUM
HOHENBUEHELIA GEOGENIA
HOHENBUEHELIA PETALOIDES
HYDNOTRYA CARNEA
HYDNUM REPANDUM
HYDNUM RUFESCENS
HYDROPUS SUBALPINUS
HYGROCYBE CALYPTRIFORMIS
HYGROCYBE CALYPTRIFORMIS var.NIVEA
HYGROCYBE CHLOROPHANA
HYGROCYBE COCCINEA
HYGROCYBE EUROFLAVESCENS
HYGROCYBE FORNICATA
HYGROCYBE GLUTINIPES
HYGROCYBE GLUTINIPES var.RUBRA
HYGROCYBE INTERMEDIA
HYGROCYBE KONRADII f.ALBIDIFOLIA
HYGROCYBE LAETA
HYGROCYBE LEPIDA
HYGROCYBE MINIATA
HYGROCYBE OBRUSSEA
HYGROCYBE PARACERACEA
HYGROCYBE PUNICEA
HYGROCYBE QUIETA
HYGROCYBE REIDII
HYGROCYBE SCIOPHANA
HYGROCYBE SPADICEA
HYGROCYBE SPLENDIDISSIMA
HYGROCYBE UNGUINOSA
HYGROPHOROPSIS AURANTIACA
HYGROPHOROPSIS AURANTIACA var.ATROTOMENTOSA
HYGROPHOROPSIS AURANTIACA var.RUFA
HYGROPHOROPSIS RUFESCENS
HYGROPHORUS AGATHOSMUS
HYGROPHORUS AGATHOSMUS var.AUREOFLOCCOSUS
HYGROPHORUS ARBUSTIVUS
HYGROPHORUS BRESADOLAE
HYGROPHORUS CAMAROPHYLLUS
HYGROPHORUS CAPREOLARIUS
HYGROPHORUS CHRYSODON
HYGROPHORUS DISCOIDEUS
HYGROPHORUS DISCOXANTHUS var.CHRYSASPIS
HYGROPHORUS EBURNEUS
HYGROPHORUS ERUBESCENS
HYGROPHORUS GLIOCYCLUS
HYGROPHORUS HYACINTHINUS
HYGROPHORUS HYPOTHEJUS
HYGROPHORUS LATITABUNDUS
HYGROPHORUS LEPORINUS
HYGROPHORUS LEUCOPHAEO-ILICIS
HYGROPHORUS LEUCOPHAEUS
HYGROPHORUS LUCORUM
HYGROPHORUS MARZUOLUS
HYGROPHORUS NEMOREUS
HYGROPHORUS NEMOREUS var.GRACILIS
HYGROPHORUS OLIVACEOALBUS
HYGROPHORUS OLIVACEOALBUS var.GRACILIS
HYGROPHORUS PENARIUS
HYGROPHORUS PENARIUS var.BARBATULUS
HYGROPHORUS PERSOONII
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
HYGROPHORUS PERSOONII var.FUSCOVINOSUS
HYGROPHORUS PICEAE
HYGROPHORUS POETARUM
HYGROPHORUS PONDERATUS
HYGROPHORUS PUSTULATUS
HYGROPHORUS ROSEODISCOIDEUS
HYGROPHORUS RUSSULA
HYGROPHORUS SECRETANII
HYGROPHORUS TEPHROLEUCUS
HYPHOLOMA CAPNOIDES
HYPSIZYGUS ULMARIUS
KUEHNEROMYCES MUTABILIS
KUEHNEROMYCES MUTABILIS var.MAJOR
LACCARIA AFFINIS var.INTERMEDIA
LACCARIA AFFINIS var.SARDOA
LACCARIA AFFINIS var.SUBALPINA
LACCARIA AFFINIS var.TATRENSIS
LACCARIA AMETHYSTINA
LACCARIA BICOLOR
LACCARIA FRATERNA
LACCARIA LACCATA
LACCARIA LACCATA var.MOELLERI
LACCARIA LACCATA var.PALLIDIFOLIA
LACCARIA LACCATA var.PALLLIDIFOLIA
LACCARIA LACCATA var.PROXIMA
LACCARIA LACCATA var.PSEUDOBICOLOR
LACCARIA MACROCYSTIDIATA
LACCARIA OCHROSQUAMULOSA
LACCARIA OHIENSIS
LACCARIA PUMILA
LACCARIA SCOTICA var.ABERRANS
LACCARIA STRIATULA
LACCARIA TORTILIS
LACTARIUS ATLANTICUS
LACTARIUS DELICIOSUS
LACTARIUS DELICIOSUS var.RUBESCENS
LACTARIUS DETERRIMUS
LACTARIUS FULIGINOSUS var.ALBIPES
LACTARIUS PINICOLA
LACTARIUS RUGATUS
LACTARIUS SANGUIFLUUS
LACTARIUS SEMISANGUIFLUUS
LACTARIUS VINOSUS
LACTARIUS VOLEMUS
LACTARIUS VOLEMUS var.OEDEMATOPUS
LACTARIUS VOLEMUS var.SUBRUGATUS
LAETIPORUS SULPHUREUS
LANGERMANNIA GIGANTEA
LECCINUM AERUGINEUM
LECCINUM ALBOROSEOLUM
LECCINUM ATROSTIPITATUM
LECCINUM AURANTIACUM
LECCINUM AVELLANEUM
LECCINUM BLUMII
LECCINUM BRUNNEOGRISEOLUM
LECCINUM BRUNNEOGRISEOLUM f.CHLORINUM
LECCINUM BRUNNEOGRISEOLUM var.PUBESCENTIUM
LECCINUM CARPINI
LECCINUM CARPINI f.ISABELLINUM
LECCINUM CHIONEUM
LECCINUM COFFEATUM
LECCINUM CORSICUM
LECCINUM CROCIPODIUM
LECCINUM CROCISTIPIDOSUM
LECCINUM CYANEOBASILEUCUM
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
LECCINUM CYANOBASILEUCUM
LECCINUM DECIPIENS
LECCINUM DURIUSCULUM
LECCINUM DURIUSCULUM f.ROBUSTUM
LECCINUM FUSCOALBUM
LECCINUM HOLOPUS
LECCINUM LEPIDUM
LECCINUM MELANEUM
LECCINUM MOLLE
LECCINUM MURINACEUM
LECCINUM NUCATUM
LECCINUM OLIVACEOSUM
LECCINUM ONYCHINUM
LECCINUM OXYDABILE
LECCINUM PERCANDIDUM
LECCINUM PICEINUM
LECCINUM PULCHRUM
LECCINUM PULCHRUM f.FUSCODISCUM
LECCINUM QUERCINUM
LECCINUM ROSEOFRACTUM
LECCINUM ROSEOTINCTUM
LECCINUM ROTUNDIFOLIAE
LECCINUM SALICOLA
LECCINUM SCABRUM
LECCINUM SUBCINNAMOMEUM
LECCINUM THALASSINUM
LECCINUM UMBRINOIDES
LECCINUM VARIECOLOR
LECCINUM VARIECOLOR f.ATROSTELLATUM
LECCINUM VARIECOLOR f.SPHAGNORUM
LECCINUM VARIECOLOR var.BERTAUXII
LECCINUM VERSIPELLE
LECCINUM VULPINUM
LENTINELLUS COCHLEATUS
LENTINELLUS COCHLEATUS ssp.INOLENS
LENTINULA EDODES
LENTINUS CYATHIFORMIS
LENTINUS TIGRINUS
LEPIOTA ALBA
LEPIOTA AUDREAE
LEPIOTA CORTINARIUS
LEPIOTA CORTINARIUS var.FLAVA
LEPIOTA FUSCOOLIVACEA
LEPIOTA OCHRACEODISCA
LEPISTA FLACCIDA
LEPISTA GILVA
LEPISTA GLAUCOCANA
LEPISTA INVERSA
LEPISTA IRINA var.MONTANA
LEPISTA MULTIFORME
LEPISTA MULTIFORMIS
LEPISTA NUDA
LEPISTA NUDA var.PRUINOSA
LEPISTA PANAEOLA
LEPISTA RICKENII
LEPISTA SAEVA
LEPISTA SORDIDA
LEPISTA SORDIDA var.AIANTHINA
LEPISTA SORDIDA var.LILACEA
LEPISTA SORDIDA var.OBSCURATA
LEPISTA SORDIDA var.UMBONATA
LESPIAULTINIA OLIGOSPERMA
LEUCOAGARICUS CARNEIFOLIUS
LEUCOAGARICUS CINEREOLILACINUS
LEUCOAGARICUS HOLOSERICEUS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
LEUCOAGARICUS LEUCOTHITES
LEUCOAGARICUS LITORALIS
LEUCOAGARICUS MACRORHIZUS
LEUCOAGARICUS SUBPUDICUS
LEUCOCORTINARIUS BULBIGER
LEUCOPAXILLUS ALBISSIMUS
LEUCOPAXILLUS CANDIDUS
LEUCOPAXILLUS CEREALIS
LEUCOPAXILLUS COMPACTUS
LEUCOPAXILLUS GIGANTEUS
LEUCOPAXILLUS LEPISTOIDES
LEUCOPAXILLUS MIRABILIS
LEUCOPAXILLUS PHAEOPUS
LEUCOPAXILLUS PSEUDOGAMBOSUS
LEUCOPAXILLUS RHODOLEUCUS
LEUCOPAXILLUS TRICOLOR
LIMACELLA DELICATA
LIMACELLA FURNACEA
LIMACELLA GLIODERMA
LIMACELLA GRISEA
LIMACELLA GUTTATA
LIMACELLA ILLINITA
LIMACELLA ROSEOFLOCCOSA
LYCOPERDON MAMMIFORME
LYCOPERDON MOLLE
LYCOPERDON PERLATUM
LYOPHYLLUM AMARIUSCULUM
LYOPHYLLUM AMYGDALOSPORUM
LYOPHYLLUM DECASTES
LYOPHYLLUM FAVREI
LYOPHYLLUM FUMOSUM
LYOPHYLLUM INFUMATUM
LYOPHYLLUM LORICATUM
LYOPHYLLUM OVISPORUM
LYOPHYLLUM SEMITALE
LYOPHYLLUM TRANSFORME
MACROLEPIOTA EXCORIATA
MACROLEPIOTA EXCORIATA Var.RUBESCENS
MACROLEPIOTA EXCORIATA var.SQUARROSA
MACROLEPIOTA FULIGINEOSQUARROSA
MACROLEPIOTA GRACILENTA
MACROLEPIOTA HEIMII
MACROLEPIOTA KONRADII
MACROLEPIOTA MASTOIDEA
MACROLEPIOTA MASTOIDEA var.ATROBRUNNEA
MACROLEPIOTA MASTOIDEA var.COCCINEOBASALIS
MACROLEPIOTA OLIVASCENS
MACROLEPIOTA PROCERA
MACROLEPIOTA PROCERA var.FULIGINOSA
MACROLEPIOTA PROCERA var.PSEUDOOLIVASCENS
MACROLEPIOTA PUELLARIS
MACROLEPIOTA RHACODES
MACROLEPIOTA RHACODES var. BOHEMICA
MACROLEPIOTA RHACODES var.BRUNNEA
MACROLEPIOTA RICKENII
MACROLEPIOTA RUBESCENS f.BARLAE
MACROLEPIOTA SUBSQUARROSA
MARASMIUS CHORDALIS
MARASMIUS DRYOPHILUS var.LANIPES
MARASMIUS LUPULETORUM
MARASMIUS OREADES
MARASMIUS PRASIOSMUS
MARASMIUS UNDATUS
MARASMIUS WYNNEAE
MARASMIUS WYNNEI
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
MEGACOLLYBIA PLATYPHYLLA
MELANOGASTER VARIEGATUS
MELANOLEUCA AMICA
MELANOLEUCA BATAILLEI
MELANOLEUCA BREVIPES
MELANOLEUCA COGNATA
MELANOLEUCA GRAMINICOLA
MELANOLEUCA GRAMMOPODIA
MELANOLEUCA HUMILIS
MELANOLEUCA HUMILIS var.FRAGILLIMA
MELANOLEUCA KUEHNERI
MELANOLEUCA MELALEUCA
MELANOLEUCA MELALEUCA var.PORPHYROLEUCA
MELANOLEUCA MICROCEPHALA
MELANOLEUCA OREINA
MELANOLEUCA PAEDIDA
MELANOLEUCA PARISIORUM
MELANOLEUCA POLIOLEUCA
MELANOLEUCA STRICTIPES
MELANOLEUCA SUBALPINA
MELANOLEUCA SUBBREVIPES
MELANOLEUCA SUBSTRICTIPES
MELANOLEUCA VERRUCIPES
MERIPILUS GIGANTEUS
MITROPHORA FUSCA
MITROPHORA SEMILIBERA
MORCHELLA ATROTOMENTOSA
MORCHELLA CONICA
MORCHELLA CONICA var.DELICIOSA
MORCHELLA CONICA var.DISTANS
MORCHELLA CONICA var.INTERMEDIA
MORCHELLA COSTATA
MORCHELLA COSTATA f.ACUMINATA
MORCHELLA CRASSIPES
MORCHELLA DELICIOSA f.CARNEA
MORCHELLA DISTANS
MORCHELLA ELATA
MORCHELLA ELATA var.NIVEA
MORCHELLA ELATA var.PURPURASCENS
MORCHELLA ESCULENTA
MORCHELLA ESCULENTA var.ALBA
MORCHELLA ESCULENTA var.RIGIDA
MORCHELLA ESCULENTA var.ROTUNDA
MORCHELLA ESCULENTA var.ROTUNDA f.ALBA
MORCHELLA ESCULENTA var.UMBRINA
MORCHELLA HORTENSIS
MORCHELLA HORTENSIS var.CINEREA
MORCHELLA OLIVEA
MORCHELLA PRAGENSIS
MORCHELLA ROTUNDA var.CINEREA
MORCHELLA ROTUNDA var.FULVA
MORCHELLA ROTUNDA var.MINUTELA
MORCHELLA ROTUNDA var.OLIVACEA
MORCHELLA RUDIS
MORCHELLA UMBRINOVELUTIPES
MYCENA FLOS-NIVIUM
MYCENA GALOPUS
MYCENA LEUCOGALA
MYCENA POLYGRAMMA
MYCENA POLYGRAMMA f.CANDIDA
MYCENA POLYGRAMMA var.PUMILA
MYXOMPHALIA MAURA
MYXOMPHALIA MAURA f.ALBA
NOTHOPANUS PORRIGENS
OTIDEA COCHLEATA
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
OTIDEA ONOTICA
OUDEMANSIELLA PUDENS
OUDEMANSIELLA RADICATA
OUDEMANSIELLA RADICATA var.MARGINATA
PANELLUS SEROTINUS
PAXILLUS PANUOIDES
PAXILLUS PANUOIDES var.IONIPUS
PEZIZA ARVERNENSIS
PEZIZA BADIA
PEZIZA BADIOCONFUSA
PEZIZA ECHINOSPORA
PEZIZA PROTEANA
PEZIZA PROTEANA f.SPARASSOIDES
PEZIZA REPANDA
PEZIZA VESICULOSA
PHAEOLEPIOTA AUREA
PHOLIOTA ADIPOSA
PHOLIOTA NAMEKO
PHOLIOTA SPUMOSA
PHOLIOTA SQUARROSA
PHYLLOPORUS RHODOXANTHUS
PLEUROTUS CITRINOPILEATUS
PLEUROTUS COLUMBINUS
PLEUROTUS CORNUCOPIAE
PLEUROTUS DRYINUS
PLEUROTUS ERYNGII
PLEUROTUS ERYNGII var.CAESPITOSO-TERRESTRIS
PLEUROTUS ERYNGII var.FERULAE
PLEUROTUS NEBRODENSIS
PLEUROTUS OSTREATUS
PLEUROTUS OSTREATUS ssp OPUNTIAE
PLEUROTUS PULMONARIUS
PLEUROTUS SALMONEOSTRAMINEUS
PLEUROTUS SPODOLEUCUS
PLEUROTUS SUBERIS
PLUTEUS CERVINUS
PLUTEUS CERVINUS var.SCABER
PLUTEUS CHRYSOPHAEUS
PLUTEUS CINEREOFUSCUS
PLUTEUS DIETTRICHII
PLUTEUS GRANULATUS
PLUTEUS HISPIDULUS
PLUTEUS LUTEOMARGINATUS
PLUTEUS MURINUS
PLUTEUS PATRICIUS
PLUTEUS PELLITUS
PLUTEUS PHLEBOPHORUS
PLUTEUS PLAUTUS
PLUTEUS POUZARIANUS
PLUTEUS POUZARIANUS var.ALBUS
PLUTEUS PRIMUS
PLUTEUS ROBERTII
PLUTEUS ROSEIPES
PLUTEUS THOMSONII
PLUTEUS VILLOSUS
PLUTEUS XANTHOPHAEUS
POLYPORUS SQUAMOSUS
POLYPORUS TUBERASTER
PORPHYRELLUS PORPHYROSPORUS
PORPOLOMA ELYTROIDES
PORPOLOMA SPINULOSUM
PSATHYRELLA CANDOLLEANA
PSATHYRELLA LACRYMABUNDA
PSATHYRELLA PILULIFORMIS
PSATHYRELLA SARCOCEPHALA
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
PSATHYRELLA SPADICEA
PSEUDOCLITOCYBE CYATHIFORMIS
PSEUDOCLITOCYBE EXPALLENS
PSEUDOCLITOCYBE OBBATA
PSEUDOCRATERELLUS CINEREUS
PSEUDOCRATERELLUS CRISPUS
PSEUDOCRATERELLUS UNDULATUS
PSEUDOCRATERELLUS UNDULATUS var.LUTEOALBUS
PSEUDOHYDNUM GELATINOSUM
PSEUDORHIZINA SPHAEROSPORA
PULVEROBOLETUS ALBOPRUINOSUS
PULVEROBOLETUS LIGNICOLA
RAMARIA AUREA
RAMARIA BOTRYTIS
RAMARIA FLAVA
RAMARIA FLAVESCENS
RAMARIA FLAVOBRUNNESCENS
RAMARIA LUTEA
RHIZOPOGON AESTIVUS
RHIZOPOGON LUTEOLUS
RHODOCYBE GEMINA
RHODOCYBE HIRNEOLA
RHODOCYBE MELLEOPALLENS
RIPARTITES TRICHOLOMA
ROZITES CAPERATUS
RUGOSOMYCES CARNEUS
RUGOSOMYCES IONIDES
RUGOSOMYCES OBSCURISSIMUS
RUGOSOMYCES ONYCHINUS
RUGOSOMYCES PERSICOLOR
RUSSULA ACETOLENS
RUSSULA ADUSTA
RUSSULA AERUGINEA
RUSSULA ALBONIGRA var.PSEUDONIGRICANS
RUSSULA ALUTACEA
RUSSULA AMETHYSTINA
RUSSULA AMOENA
RUSSULA AMOENA f.ACYSTIDIATA
RUSSULA AMOENA f.VIRIDIS
RUSSULA AMOENICOLOR
RUSSULA AMOENICOLOR f.NIGROSANGUINEA
RUSSULA AMOENICOLOR f.OLIVACEA
RUSSULA AMOENICOLOR var.STENOCYSTIDIATA
RUSSULA AMOENOIDES
RUSSULA ANATINA
RUSSULA ANATINA var.SEJUNCTA
RUSSULA ANATINA var.SUBVESCA
RUSSULA ANATINA var.XANTHOCHLORA
RUSSULA ANNAE
RUSSULA ANTHRACINA var.INSIPIDA
RUSSULA ARMORICANA
RUSSULA ARPALICES
RUSSULA ATRAMENTOSA
RUSSULA ATROGLAUCA
RUSSULA AUREA
RUSSULA AUREA var.AXANTHA
RUSSULA AURORA
RUSSULA AURORA f.CRETACEA
RUSSULA AURORA f.PULPOSA
RUSSULA AZUREA
RUSSULA BARLAE
RUSSULA BARLAE var.PSEUDOMELLIOLENS
RUSSULA BLUMII
RUSSULA BOREALIS
RUSSULA BREVIS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
RUSSULA BRUNNEOVIOLACEA
RUSSULA CAMAROPHYLLA
RUSSULA CAMPESTRIS
RUSSULA CARMINIPES
RUSSULA CARPINI
RUSSULA CESSANS
RUSSULA CHLOROIDES
RUSSULA CITRINA
RUSSULA CITRINA var.RUFESCENS
RUSSULA CITRINOCHLORA
RUSSULA CLAROFLAVA
RUSSULA CONVIVIALIS
RUSSULA CREMEOAVELLANEA
RUSSULACURTIPES
RUSSULA CUTEFRACTA
RUSSULA CYANOXANTHA
RUSSULA CYANOXANTHA var.PELTEREAUI
RUSSULA DECOLORANS
RUSSULA DELICA
RUSSULA DELICA var.PUTA
RUSSULA DENSIFOLIA
RUSSULA DRYOPHILA
RUSSULA DUPORTII
RUSSULA ELAEODES
RUSSULA EMETICICOLOR
RUSSULA EUROPAE
RUSSULA FAGINEA
RUSSULA FAUSTIANA
RUSSULA FAVREI
RUSSULA FLAVOCITRINA
RUSSULA FLAVOVIRIDIS
RUSSULA FONTQUERI
RUSSULA FUSCONIGRA
RUSSULA GALOCHROA
RUSSULA GILVESCENS
RUSSULA GRAVEOLENS
RUSSULA GRISEA
RUSSULA GRISEA var. IODES
RUSSULA GRISEA var.PICTIPES
RUSSULA GROENLANDICA
RUSSULA HELGAE
RUSSULA HELIOS
RUSSULA HETEROPHYLLA
RUSSULA HETEROPHYLLA f.ADUSTA
RUSSULA HETEROPHYLLA Var LIVIDA
RUSSULA ILICIS
RUSSULA IMPOLITA
RUSSULA INCARNATA
RUSSULA INNOCUA
RUSSULA INSIGNIS
RUSSULA INTEGRA
RUSSULA INTEGRIFORMIS
RUSSULA IONOCHLORA
RUSSULA KROMBHOLZII f.BRESADOLAE
RUSSULA LAETA
RUSSULA LANGEI
RUSSULA LARICINA
RUSSULA LARICINO-AFFINIS
RUSSULA LEPIDA
RUSSULA LEPIDA var. LACTEA
RUSSULA LEPIDICOLOR
RUSSULA LILACEA
RUSSULA LILACINICOLOR
RUSSULA LUTENSIS
RUSSULA LUTENSIS var.REDUCTA
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
RUSSULA MEDULLATA
RUSSULA MELITODES
RUSSULA MELLIOLENS
RUSSULA MELZERI
RUSSULA MESSAPICA
RUSSULA METACHROA
RUSSULA MINUTULA
RUSSULA MOLLIS
RUSSULA MUSTELINA
RUSSULA NAUSEOSA
RUSSULA NIGRICANS
RUSSULA NITIDA
RUSSULA NURAGICA
RUSSULA OCHRACEA
RUSSULA OCHROSPORA
RUSSULA ODORATA
RUSSULA ODORATA var.SUBTOMENTOSA
RUSSULA OLIVACEA
RUSSULA OLIVOBRUNNEA
RUSSULA PALUDOSA
RUSSULA PARAZUREA
RUSSULA PARAZUREA f.DIBAPHA
RUSSULA PECTINATOIDES
RUSSULA PELARGONIA var.INTERMEDIA
RUSSULA POICHILOCHROA
RUSSULA POICHILOCHROA f.ELIOCHROMA
RUSSULA POSTIANA
RUSSULA PRINOPHILA
RUSSULA PSEUDOAERUGINEA
RUSSULA PSEUDOIMPOLITA
RUSSULA PSEUDOROMELLII
RUSSULA PUELLARIS
RUSSULA PUELLARIS Var. MINUTALIS
RUSSULA PUELLARIS var.ABIETINA
RUSSULA PULCHRALIS
RUSSULA PURPURATA
RUSSULA QUERCETI
RUSSULA RHODELLA
RUSSULA RHODELLA var.HETEROSPERMA
RUSSULA RHODOMARGINATA
RUSSULA RISIGALLINA
RUSSULA RISIGALLINA f.LUTEOROSELLA
RUSSULA ROMELLII
RUSSULA ROSEICOLOR
RUSSULA ROSEIPES
RUSSULA ROSEOAURANTIA
RUSSULA RUBERRIMA
RUSSULA RUBROALBA
RUSSULA RUBROALBA var.ALBOCRETACEA
RUSSULA RUBROCARMINEA
RUSSULA SALICETICOLA
RUSSULA SAPINEA
RUSSULA SCOTICA
RUSSULA SEPERINA
RUSSULA SEPERINA var.GAMINII
RUSSULA SERICATULA
RUSSULA SINGERIANA
RUSSULA STRAMINEA var.BATTOUENII
RUSSULA SUBAZUREA
RUSSULA SUBERETORUM
RUSSULA SUBERETORUM var.ERYTHRINA
RUSSULA SUBERETORUM var.LEONINA
RUSSULA SUBLEVISPORA
RUSSULA SUBTERFURCATA
RUSSULA TAIGARUM
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
RUSSULA TERENOPUS
RUSSULA TINCTIPES
RUSSULA TURCI
RUSSULA VARIEGATULA
RUSSULA VELENOVSKYI
RUSSULA VERSATILIS
RUSSULA VESCA
RUSSULA VESCA f.AVELLANEA
RUSSULA VESCA f.NEGLECTA
RUSSULA VESCA f.VIRIDATA
RUSSULA VESCA var.MAJOR
RUSSULA VINOSA
RUSSULA VINOSOBRUNNEA
RUSSULA VINOSOBRUNNEA var.PARAOLIVACEA
RUSSULA VIOLEIPES
RUSSULA VIOLEIPES var.CITRINA
RUSSULA VIRESCENS
RUSSULA VISCIDA
RUSSULA WERNERI
RUSSULA XERAMPELINA
RUSSULA XERAMPELINA Var.FUSCA
RUSSULA XERAMPELINA var.FUSCOOCHRACEA
RUSSULA XERAMPELINA var.OLIVASCENS
RUSSULA ZVARAE
RUSSULA ZVARAE var.PUSILLA
SARCODON IMBRICATUS
SCUTIGER CRISTATUS
SCUTIGER OVINUS
SCUTIGER PES-CAPRAE
SPARASSIS BREVIPES
SPARASSIS CRISPA
SPATHULARIA ALPESTRIS
SPATHULARIA FLAVIDA
STROBILURUS ESCULENTUS
STROBILURUS ESCULENTUS var.GRISEUS
STROBILURUS STEPHANOCYSTIS
STROBILURUS TENACELLUS
STROPHARIA RUGOSOANNULATA
SUILLUS ALBOFLOCCULOSUS
SUILLUS BELLINII
SUILLUS BOVINOIDES
SUILLUS BOVINUS
SUILLUS BRESADOLAE
SUILLUS CLINTONIANUS
SUILLUS COLLINITUS
SUILLUS FLAVIDUS
SUILLUS GRANULATUS
SUILLUS GRANULATUS f.MARCHANDII
SUILLUS GRANULATUS var.MEDITERRANEENSIS
SUILLUS GREVILLEI
SUILLUS LAKEI
SUILLUS LAPPONICUS
SUILLUS LUTEUS
SUILLUS LUTEUS var.ALBUS
SUILLUS NUESCHII
SUILLUS PLACIDUS
SUILLUS PLORANS
SUILLUS SIBIRICUS
SUILLUS TRIDENTINUS
SUILLUS VARIEGATUS
SUILLUS VISCIDUS
TEPHROCYBE ATRATA
TEPHROCYBE PUTIDA
TERFEZIA ARENARIA
TERFEZIA CLAVERYI
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
TREMISCUS HELVELLOIDES
TRICHOLOMA ALBIDUM
TRICHOLOMA APIUM
TRICHOLOMA ARGYRACEUM
TRICHOLOMA ATROSQUAMOSUM
TRICHOLOMA AURATUM
TRICHOLOMA BASIRUBENS
TRICHOLOMA CALIGATUM
TRICHOLOMA CINGULATUM
TRICHOLOMA COLOSSUS
TRICHOLOMA COLUMBETTA
TRICHOLOMA COLUMBETTA var.SERICEUM
TRICHOLOMA EQUESTRE
TRICHOLOMA FUCATUM
TRICHOLOMA GAUSAPATUM
TRICHOLOMA INOCYBOIDES
TRICHOLOMA LURIDUM
TRICHOLOMA MYOMYCES
TRICHOLOMA NAUSEOSUM
TRICHOLOMA ORIRUBENS
TRICHOLOMA POPULINUM
TRICHOLOMA POPULINUM f.CAMPESTRE
TRICHOLOMA PORTENTOSUM
TRICHOLOMA PORTENTOSUM var.ALBUM
TRICHOLOMA PORTENTOSUM var.BOUTEVILLEI
TRICHOLOMA PSAMMOPUS
TRICHOLOMA PSAMMOPUS var.BISPORUM
TRICHOLOMA ROBUSTUM
TRICHOLOMA SAPONACEUM
TRICHOLOMA SAPONACEUM var.SQUAMOSUM
TRICHOLOMA SCALPTURATUM
TRICHOLOMA SCALPTURATUM var.ATROCINCTUM
TRICHOLOMA SQUARRULOSUM
TRICHOLOMA SUBGLOBISPORUM
TRICHOLOMA TERREUM
TRICHOLOMA TRIDENTINUM var.CEDRETORUM
TRICHOLOMA TRISTE
TRICHOLOMA VACCINUM
TUBER BLOTII
TUBER BORCHII
TUBER BRUMALE
TUBER MACROSPORUM
TUBER MELANOSPORUM
TUBER MESENTERICUM
TUBER UNCINATUM
TYLOPILUS ALUTARIUS
VASCELLUM PRATENSE
VERPA BOHEMICA
VERPA CONICA
VERPA CONICA var.RELHANII
VERPA KROMBHOLZII
VOLVARIELLA BOMBYCINA
VOLVARIELLA BOMBYCINA var.FLAVICEPS
VOLVARIELLA SPECIOSA
VOLVARIELLA VOLVACEA
XEROCOMUS ARMENIACUS
XEROCOMUS BADIORUFUS
XEROCOMUS BADIUS
XEROCOMUS CHRYSENTERON
XEROCOMUS CHRYSENTERON f.SULCATIPES
XEROCOMUS COMMUNIS
XEROCOMUS FERRUGINEUS
XEROCOMUS LANATUS
XEROCOMUS LEONIS
XEROCOMUS POROSPORUS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29
XEROCOMUS PRUINATUS
XEROCOMUS PULVERULENTUS
XEROCOMUS RUBELLUS
XEROCOMUS SUBTOMENTOSUS
XEROCOMUS TUMIDUS
XEROCOMUS XANTHUS
EcoFungos - Associação Micológica.
http://fungos.net/site Powered by Joomla! Generated: 12 December, 2009, 19:29

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Russula sororia

Robertson phallus hadriani

Russula atropurpurea

Russula queletil

Entoloma lazulinum

RETALHOS DA HISTÓRIA DO VINHO

A Vinha e o Vinho em Portugal
Desde os tempos mais remotos que o vinho tem vindo a desempenhar um papel de grande importância em quase todas as civilizações. Fruto da videira e do trabalho do Homem, não é ultrapassado por nenhum outro produto da agricultura, aliando esse fruto saboroso e nutritivo à bebida privilegiada, precioso néctar, dele extraída.
O vinho aparece, desde muito cedo, carregado de um valor sacramental, a que não é estranha a sua semelhança com o sangue, considerado a essência da própria vida, fonte de lendas e inspiração da mitologia. Considerado pelos antigos Dádiva de Deuses e Sangue de Cristo, o vinho é parte importante da nossa civilização, a que chamamos ocidental, cujos fundamentos se encontram no direito romano e na religião cristã, que desde sempre enalteceram e dignificaram este saboroso liquido.
Mas ... tentemos fazer uma pequena viagem até às mais recônditas origens, na história da vinha e do vinho em Portugal.
2 000 anos a.C.- séc.X a.C.- séc.II a.C.
Reino de Tartessos; Fenícios e Gregos; Celtas e Iberos
Embora envolto em muitas dúvidas e muitos mitos, pensa-se que a vinha terá sido cultivada, pela primeira vez, em terras da Península Ibérica (vale do Tejo e Sado), cerca de 2 000 anos a.C., pelos Tartéssios, os mais antigos habitantes desta Península, cuja civilização parece ter sido bastante avançada. Estes habitantes do Reino de Tartessos mantinham relações comerciais por todo o mundo trocando diversos produtos entre os quais o Vinho, que veio a servir, provavelmente, de moeda de troca no comércio de metais.
Os Fenícios, cerca do séc. X a.C., acabam por se apoderar do comércio dos Tartéssios incluindo o respeitante aos vinhos. Pensa-se, também, que tenham trazido algumas castas de videiras que introduziram na Península.
No séc. VII a.C. os Gregos instalam-se na Península Ibérica e desenvolvem a viticultura.
Na necrópole de Alcácer do Sal foi encontrada uma cratera grega de sino (vaso onde os Gregos diluíam o vinho com água antes de o consumirem), datada do séc. IV a.C. Os Gregos deram uma particular atenção à arte de fazer vinho.
Alguns autores referem que Ulisses ao fundar a cidade de Lisboa ( a que deu o nome de Ulisseia ou Olisipo) seguiu o costume usado nas suas viagens, oferecendo vinho para festejarem com ele as boas vindas.
Crê-se que no séc. VI a.C., os Celtas, a quem a videira já era familiar, teriam trazido para a Península as variedades de videira que cultivavam. É, também, provável que tenham trazido técnicas de tanoaria.
Os Celtas e os Iberos fundem-se num só povo - os Celtiberos -, ascendentes dos Lusitanos, povo que se afirma no séc. IV a.C.
Séc.II a.C. a Século VII
Romanos e Povos Bárbaros
A expansão guerreira de Roma na Península Ibérica conduziu aos primeiros contactos com os Lusitanos, cerca de 194 a.C., a que se seguiram longos anos de lutas de guerrilha, só vencidas pelos Romanos 2 séculos depois com a conquista de toda a Península em 15 a.C., conseguindo subjugar os Lusitanos.
A romanização na Península contribuiu para a modernização da cultura da vinha, com a introdução de novas variedades e, ainda, com o aperfeiçoamento certas técnicas como, por exemplo, a poda.
Nesta época a cultura da vinha teve um desenvolvimento muito grande dada a necessidade de se enviar vinho para Roma, onde o consumo era grande e a produção própria não satisfazia a procura. Os Romanos modernizaram a cultura, introduzindo novas variedades e melhorando as técnicas.
Seguiram-se as invasões bárbaras e a decadência do Império Romano. Suevos e Visigodos disputaram a Lusitânia aos Romanos, acabando por vencê-los em 585 da nossa era. Os povos ditos bárbaros adoptaram a civilização dos vencidos.
É nesta época (Sécs.VI e VII) que se dá a grande expansão do Cristianismo (apesar de já ser conhecido na Península Ibérica desde o séc. II). O vinho torna-se, então, indispensável para a acto sagrado da comunhão.
As invasões dos povos chamados bárbaros não trouxeram quaisquer diferenças na cultura da vinha. Pelo contrário, estes povos (Suevos e Visigodos) adoptaram a civilização romana, em que o vinho era considerado a única bebida adequada a povos civilizados. Pelo prestígio que esta civilização tinha conseguido, os invasores adoptaram a bebida favorita dos Romanos - o vinho.
Século VIII a XII
Alta Idade Média - Invasão dos Árabes
As invasões muçulmanas deram-se no ano 711 e, aí começa um novo período para a vitivinicultura ibérica. O Corão proibia o consumo de bebidas fermentadas e, portanto, o vinho. No entanto, o emir de Córdoba que governava a Lusitânia, mostrou-se tolerante para com os cristãos não proibindo a cultura da vinha e o fabrico do vinho.
Lisboa manteve, mesmo, o seu comércio tradicional de exportação de vinho.
No Algarve, onde o período do domínio muçulmano foi mais longo, ultrapassando cinco séculos, produziu-se sempre vinho, embora se seguissem os preceitos islâmicos. Nos séculos XI e XII, com o domínio dos Almorávidas e Almoadas, os preceitos do Corão foram levados com maior rigor dando-se, então, uma regressão na cultura da vinha.
Século XII a XIV
Baixa Idade Média
Na Idade Média, provavelmente a partir do séc. XII, os vinhos portugueses começaram a ser exportados para Inglaterra. Entre os séculos XII e XIII o vinho constituiu o principal produto exportado. Documentos existentes como, por exemplo, doações, legados, livros ou róis de aniversários, livros de tombos de bens, etc., confirmam a importância da vinha e do vinho no território português, mesmo antes do nascimento da nacionalidade. Conhecem-se doações, que incluíam vinhas, ao Mosteiro de Lorvão, entre 950 e 954.
Entretanto, já se tinha iniciado a Reconquista Cristã. As lutas dão-se por todo o território e as constantes acções de guerra iam destruindo as culturas, incluindo a vinha.
A fundação de Portugal em 1143 por D.Afonso Henriques e a conquista da totalidade do território português em 1249 aos mouros, permitiu que se instalassem ordens religiosas, militares e monásticas, com destaque para os Templários, Hospitalários, Santiago da Espada e Cister, que povoaram e arrotearam extensas regiões, tornando-se em activos centros de colonização agrícola, alargando-se as áreas de cultivo da vinha.
O vinho passou, então, a fazer parte da dieta do homem medieval começando a ter algum significado nos rendimentos dos senhores feudais. No entanto, a sua importância mantinha-se muito pelo seu papel nas cerimónias religiosas. Daí o interesse dos clérigos, igrejas e mosteiros, então em posição dominante, se interessarem pela cultura da vinha. A produção de vinho começou a ter um grande desenvolvimento na segunda metade do séc. XIV, renovando-se e incrementando-se a sua exportação.
Século XV - XVII
Idade Moderna - Renascimento
Nos séculos. XV e XVI, no período da expansão portuguesa, as naus e galeões que partiram em direcção à Índia, um dos produtos que transportavam era o vinho. No período áureo que se seguiu aos Descobrimentos, os vinhos portugueses constituíam lastro nas naus e caravelas que comerciavam os produtos trazidos do Brasil e do Oriente. Em meados do século XVI, Lisboa era o maior centro de consumo e distribuição de vinho do império. A expansão marítima portuguesa levou o vinho aos quatro cantos do mundo.
Nos séculos XVI e XVII, com a publicação de várias obras de cariz geográfico e relatos de viagens, quer de autores portugueses quer de autores estrangeiros, é possível fazer-se uma ideia das zonas vitivinícolas portuguesas, do prestígio dos seus vinhos, da importância do consumo e do volume de exportações.
Século XVIII a XX
Idade Contemporânea
Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinaram o Tratado de Methwen onde as trocas comerciais entre os dois países foram regulamentadas. Ficou estabelecido um regime especial para a entrada de vinhos portugueses em Inglaterra. A exportação de vinho conheceu, então, um novo incremento.
No século XVIII, a vitivinicultura sofreu, assim como outros aspectos de vida nacional, da influência da forte personalidade do Marquês de Pombal.
Uma grande região beneficiou de uma série de medidas proteccionistas - a região do Alto Douro e o afamado Vinho do Porto. Em consequência da fama que este vinho tinha adquirido, ele começou a ser procurado por outros países da Europa, além da Inglaterra, importador tradicional. As altas cotações que o Vinho do Porto atingiu fez com que os produtores se preocupassem mais com a quantidade do que com a qualidade dos vinhos exportados, o que deu origem a uma grande crise. Para pôr fim a esta crise, o Marquês de Pombal criou, em 1756, a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro com o fim de disciplinar a produção e o comércio dos vinhos da região, tornando-a na região demarcada mais antiga do mundo.
O século XIX foi um período negro para a vitivinicultura. A praga da filoxera, que apareceu primeiro na região do Douro em 1865, rapidamente se espalhou por todo o país, devastando a maior parte das regiões vinícolas. Colares foi a única excepção porque a filoxera não se desenvolve em terrenos de areia. Vencida esta grande ameaça, lentamente a produção de vinho foi recuperada.
Em 1874, os vinhos portugueses estiveram representados na Grande Exposição de Londres. Em 1900, na Exposição Universal de Paris, a comissão encarregada da representação portuguesa editou uma obra bilingue Le Portugal Vinicole, a fim de ser distribuída durante a exposição.
A adesão de Portugal à Comunidade Europeia, em 1 de Janeiro de 1986, veio introduzir uma nova perspectiva na economia portuguesa e, consequentemente, na viticultura. Assim, em cada região com direito à designação de VQPRD (Vinhos de Qualidade Produzidos em Região Determinada) foi criada uma Comissão Vitivinícola Regional (CVR), a qual tem por objectivos a defesa das denominações de origem correspondentes às suas zonas, a aplicação, vigilância e cumprimento da respectiva regulamentação, assim como o fomento e controlo dos seus vinhos.
Actualmente existem, na totalidade do território português, 48 regiões demarcadas com direito à designação de VQPRD.
Algumas curiosidades históricas
A grande qualidade dos vinhos portugueses foi sempre muito apreciada no estrangeiro, pelo que damos alguns exemplos.
Em 1381, Portugal já exportava grande quantidade de Moscatel de Setúbal para Inglaterra.
A popularidade do vinho do Porto fez com que Portugal assinasse com a Grã-Bretanha, no ano de 1703, o Tratado de Methwen, pelo qual este vinho beneficiava de taxas aduaneiras preferenciais. Durante o século XVIII, para os ingleses vinho era, praticamente, sinónimo de vinho do Porto
No reinado de D.Maria I, altura em que os vinhos portugueses adquiriram grande projecção e se iniciou a exportação dos vinhos regionais, os vinhos da Bairrada foram exportados para a América do Norte, França, Inglaterra e, em especial, para o Brasil, onde os vinhos desta região eram muito apreciados.
Com as Invasões Francesas, o vinho de Bucelas começou a ser conhecido internacionalmente. Wellington apreciava-o de tal maneira que o levou de presente ao então príncipe regente, mais tarde, Jorge III de Inglaterra. Depois da Guerra Peninsular, este vinho tornou-se um hábito na corte inglesa. No tempo de Shakespeare o vinho de Bucelas era conhecido por Lisbon Hock (vinho branco de Lisboa).
Também o vinho de Carcavelos foi bem conhecido das tropas de Wellington que o levaram para Inglaterra e que foi, durante largos anos, exportado em grandes quantidades.
O vinho da Madeira foi considerado um dos de maior requinte nas cortes europeias, tendo chegado mesmo a ser usado como perfume para os lenços das damas da corte. Na corte inglesa, este vinho rivalizava com o vinho do Porto. Shakespeare referiu-se ao vinho da Madeira, como essência preciosa, na sua peça Henrique IV. Um nobre inglês, o duque de Clarence, irmão de Eduardo IV, deixou o seu nome ligado a este vinho quando, ao ter sido sentenciado à morte na sequência de um atentado contra o seu irmão, escolheu morrer por afogamento num tonel de Malvasia da Madeira. Mas para além da Inglaterra, também a França, a Flandres e os Estados Unidos o importavam.
Francisco I orgulhava-se de o possuir e considerava-o o mais rico e delicioso de todos os vinhos da Europa. As famílias importantes de Boston, Charleston, Nova Iorque e Filadélfia disputavam umas às outras os melhores vinhos da Madeira.
O vinho do Pico (Açores) foi largamente exportado para o Norte da Europa e até mesmo para a Rússia. Depois da revolução de 1917, foram encontradas garrafas de vinho Verdelho do Pico armazenadas nas caves dos antigos czares da Rússia.
Beber vinho e saber apreciá-lo, é uma arte nobre e delicada.

domingo, 13 de novembro de 2011

Retalhos de Moscavide

Moscavide é uma freguesia portuguesa do concelho de Loures, fronteira a Lisboa, com 1,02 km² de área e 12 184 habitantes (2001). Densidade demográfica: 15 823,4 h/km². Localizada no extremo sudeste do concelho, a freguesia de Moscavide faz fronteira com Sacavém, a norte, Portela, a oeste (em Loures), com Santa Maria dos Olivais, a sul (na cidade de Lisboa), e ainda com o rio Tejo, a este. Para além disso, inclui ainda uma parte do Parque das Nações, estrutura onde esteve alojada em tempos a EXPO 98.
Moscavide é uma freguesia relativamente recente. Foi criada em 23 de Março de 1928, através do decreto n.º 15 222, por desmembramento das freguesias de Santa Maria dos Olivais (Lisboa) e de Sacavém (Loures), ficando integrada no concelho de Loures.[1]
Abrangia então os sítios da Encarnação, dos Marcos e de Beirolas, envolventes da chamada Estrada de Moscavide (à qual foi buscar o seu nome), que seguia rumo a Sacavém (curiosamente, no entanto, a dita estrada continuou integrada na freguesia dos Olivais até hoje; a parte remanescente originou a Avenida de Moscavide, que é hoje a rua mais movimentada da localidade).
Mais tarde, em 4 de Fevereiro de 1955[2], e por motivos ainda não completamente esclarecidos (posto que o diploma legal é omisso), decorrentes da delimitação entre os concelhos de Loures e Lisboa, a região de Beirolas, onde estava sediado um quartel do Exército, transitou para o espaço da freguesia dos Olivais, o que confere à freguesia a sua estranha configuração geográfica na parte oriental[3]. Em 1996, um projecto de lei da autoria do PS previa a rectificação dos limites concelhios e a reintregação de Beirolas em Moscavide [4], mas a iniciativa, depois de ter baixado à respectiva comissão parlamentar de administração do território, acabou por caducar com o fim da legislatura, não tendo sequência.
O nome Moscavide parece derivar do árabe maskabat, que significa «sementeira», denotando assim a grande antiguidade do sítio. Conhecem-se alusões em tempos antigos ao sítio de Busca-Vides, que eventualmente também terá contribuído para a formação do topónimo moderno.
Não obstante o seu reduzido espaço, Moscavide cresceu bastante, fazendo com que a freguesia fosse, durante muito tempo, uma das de maior densidade populacional do concelho de Loures. Este desenvolvimento populacional exagerado é ainda hoje recordado no seu brasão, através dos favos de mel que fazem lembrar o modo como a freguesia cresceu. Paralelamente, a vida operária deu lugar ao comércio e aos serviços, que ainda hoje são uma imagem de marca da terciarização do espaço urbano moscavidense.
Moscavide viria, em face disso, a ser elevada a vila em 3 de Abril de 1964, pelo decreto n.º 45 637 (decreto esse que conferia idêntico estatuto à povoação de Odivelas, então também situada no concelho de Loures).[5]
Destaca-se, do conjunto urbano, a Igreja de Santo António de Moscavide, construção recente e em linhas modernas (foi inaugurada em meados dos anos 50). Moscavide integra também no seu território o Seminário do Cristo-Rei, pertença do Patriarcado de Lisboa, algumas velhas quintas (Alegria, Candeeiro, Cabeço), e antigas vilas operárias.
Actualmente, conta também com uma vida nocturna bastante activa, vinda desde a Expo 98, pois é neste freguesia que se situam os "bares do Oriente", uma alameda de cafés, restaurantes e discotecas, à beira-rio, frequentados maioritariamente aos fins de semana e vésperas de feriados pelos mais jovens.
Heráldica
Os habitantes do Parque das Nações defendem, actualmente, a criação da Freguesia do Oriente, cujo limite Norte será, uma vez fundada, o rio Trancão, o que, na óptica da Junta de Freguesia de Moscavide, amputará uma parte significativa de território da freguesia. No entanto, esse território não faz parte, em termos funcionais, de Moscavide, mas sim da Cidade de Lisboa. A proposta visa, portanto, adequar a divisão administrativa à realidade das populações.
Tal desejo é, em geral, recusado pelos habitantes de Moscavide que não habitam no Parque das Nações. No entanto, os partidos e organizações que defendem esta alteração administrativa (ou seja, a criação da Freguesia do Oriente dentro do Concelho de Lisboa ou, no mínimo, a inclusão de todas as áreas do Parque das Nações na Freguesia de Nossa Senhora dos Olivais) defendem ser esta a forma mais racional de gerir um espaço como o Parque das Nações, que actualmente é dividido por três freguesias e dois concelhos (além de que o Concelho de Loures, actualmente, não administra o território do Parque das Nações - por exemplo, não administra a distribuição de água nem os outros serviços municipalizados, ao contrário com o que acontece com a parte de Lisboa - recebendo apenas os impostos municipais provenientes do mesmo, o que implica um desfasamento entre quem recebe e quem actua).
Com a dissolução parlamentar em finais de 2004, ordenada pelo Presidente da República, as iniciativas legislativas em causa caducaram, mas já na Legislatura do Partido Socialista foram ambas de novo apresentadas à discussão pelo PSD, achando-se de momento na comissão de ordenamento territorial, para discussão.

sábado, 12 de novembro de 2011

CICLO DO NITROGÉNIO OU AZOTO

O ciclo do nitrogénio ou ciclo do azoto é o ciclo biogeoquímico que comporta as diversas transformações que este elemento sofre no seu ciclo entre o reino mineral e os seres vivos.
O nitrogénio molecular, N2, é um gás biologicamente não utilizável pela maioria dos seres vivos. A sua entrada no mundo vivo ocorre graças à actividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amónia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amónia em nitritos e nitratos.
Essas três substâncias são utilizadas pelos vegetais para a elaboração de compostos orgânicos nitrogenados que serão aproveitados pelos animais. O ciclo fecha-se a partir da actividade de certas espécies de bactérias, que efectuam a desnitrificação e devolvem o nitrogénio molecular para a atmosfera.
A plantação de leguminosas(feijão, por exemplo),a chamada adubação verde, enriquece o solo com compostos nitrogenados, uma vez que nas raízes dessas plantas há nódulos repletos de bactérias fixadoras de nitrogénio.
Outro procedimento agrícola usual é a rotação de culturas, na qual se alterna o plantio de não-leguminosas, que retiram do solo os nutrientes nitrogenados, com leguminosas que devolvem esses nutrientes ao meio.


CICLO DA ÁGUA

O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.
Pequeno ciclo
No pequeno ciclo, a água dos oceanos, lagos, rios, glaciares e mesmo a embebida no solo sofre evaporação pela acção do calor ambiental e passa à forma de vapor, dando origem às nuvens. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor de água sofre condensação, e a água líquida volta à crosta terrestre na forma de chuva.
O ciclo das chuvas foi um dos responsáveis pelo arrefecimento relativamente rápido da crosta terrestre, nos primórdios de nosso planeta. Hoje, o ciclo das chuvas contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.
Grande ciclo
No grande ciclo, a água é absorvida pelos seres vivos e participa do metabolismo deles, sendo posteriormente devolvida para o ambiente.
As plantas absorvem a água infiltrada no solo por meio de suas raízes. Além de ser solvente e reagente de inúmeras reacções químicas intra celulares, a água é uma das matérias-primas da fotossíntese: os seus átomos de hidrogénio irão fazer parte da glicose fabricada e os seus átomos de oxigénio unir-se-ão para formar o O2 (gás oxigénio) libertado para a atmosfera. Na respiração, as plantas degradam as moléculas orgânicas que elas mesmas fabricam para obter energia, libertando anidrido carbónico e água.
As plantas estão sempre a perder água através da transpiração, principalmente durante o dia. É por isso que o ar é húmido nas florestas e seco nos desertos e áreas desmatadas. Uma vez que absorvem água do solo e a libertam, sob a forma de vapor para a atmosfera, as plantas contribuem para a manutenção de um grau de humidade do ar altamente favorável à vida.


CICLO DO OXIGÉNIO

O ciclo do oxigénio é complexo, uma vez que esse elemento é utilizado e libertado pelos seres vivos em diferentes formas de combinação química. O principal reservatório de oxigénio para os seres vivos é a atmosfera, onde esse elemento se encontra na forma de gás oxigénio (O2) e de dióxido de carbono (CO2).
O O2 é utilizado na respiração aeróbica das plantas e animais. Nesse processo, os átomos de oxigénio combinam-se com átomos de hidrogénio, formando moléculas de água. A água formada na respiração, chamada água metabólica é, em parte, eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma, os seus átomos de oxigénio acabam incorporados na matéria orgânica e podem voltar à atmosfera através da respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e anidrido carbónico.
O CO2 atmosférico é utilizado no processo de fotossíntese. Os carbonos e os oxigenados presentes no anidrido carbónico passam a fazer parte da matéria orgânica do vegetal e tanto a respiração como a decomposição dessa matéria orgânica restituirão o oxigénio à atmosfera, na forma de água e anidrido carbónico. A água utilizada pelas plantas na fotossíntese é quebrada, e os seus átomos de oxigénio são libertados para a atmosfera na forma de O2.


CICLO DO CARBONO

O carbono presente nos seres vivos é, originalmente, proveniente da atmosfera. Por meio da fotossíntese, os seres fotossintetizantes fixam o carbono que retiram do CO2 atmosférico. Esses átomos de carbono passam a fazer parte das moléculas orgânicas fabricadas.
Durante a respiração, uma parte das moléculas orgânicas é degradada, e o carbono que as constituía é devolvido à atmosfera, novamente na forma de CO2. Parte do carbono retirado do ar passa a constituir a biomassa dos seres fotossintetizantes, podendo eventualmente ser transferida aos animais herbívoros.
Nos herbívoros, parte do carbono contido nas moléculas orgânicas dos alimentos é libertada durante a respiração, e o resto irá constituir a sua biomassa, que poderá ser transferida para um carnívoro. Dessa forma, o carbono fixado pela fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro, enquanto retorna gradualmente à atmosfera, em consequência da respiração dos próprios organismos e da acção dos decompositores, que actuam em todos os níveis tróficos.


CICLO DO FÓSFORO

Além da água, do carbono, do azoto e do oxigénio, o fósforo também é importante para os seres vivos.
Em certos aspectos, o ciclo do fósforo é mais simples do que os ciclos do carbono e do azoto, pois não existem muitos compostos gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera. Outra razão para a simplicidade do ciclo do fósforo é a existência de apenas um composto de fósforo realmente importante para os seres vivos: o íon fosfato.
As plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os fosfatos dissolvidos na água e no solo. Os animais obtêm fosfatos na água e no alimento.
A decomposição devolve o fósforo que fazia parte da matéria orgânica ao solo ou à água.

solidão

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA VIDA NA CIDADE

Neste pequeno trecho vou tentar mostrar as vantagens e desvantagens de viver num meio urbano e que são mais notórias principalmente nas grandes metrópoles. Torna-se impossível falar neste assunto sem abordar a vida no campo e para isso recorro por vezes a exemplos de comparação, a fim de dar uma ideia mais concreta do meu ponto de vista.
Os meios urbanos são locais, fundamentalmente pela sua densidade populacional, onde logicamente se concentram a grande maioria dos interesses e das oportunidades, absorvendo assim uma grande franja de população aliciada por imensas propostas de melhoria da qualidade de vida. A cidade só por si, promete apenas mais oportunidades de diversos tipos, uma maior oferta de espaços lúdicos e maiores possibilidades de emprego, o que, não é só por si, garantia de qualidade de vida. O simples facto de uma cidade se encontrar sobrecarregada de população e consequentemente não dispor de equipamentos sociais à altura das situações, seja por má gestão dos responsáveis ou por que se encontra desfasada da realidade e não houve meios suficientes para acompanhar o aumento demográfico galopante, é uma das grandes desvantagens que se encontram nas cidades. Com o crescimento desordenado vem também o aumento da criminalidade, a falta de qualidade do ar, o stress, etc. evidentemente que todas as infra-estruturas básicas se encontram mais acessíveis, mas a que preço?
Tudo o que é artificial e dá prazer ou cria uma concepção utópica da realidade, atrai o Homem. Com o grande advento das novas tecnologias, tudo se tem conjugado para criar ambientes e modos de vida artificiais e, na maioria dos casos, desligados da realidade. As pessoas são atraídas à vida nas cidades por tentações cada vez mais apetecíveis e requintadas e fazem qualquer coisa para atingir determinado estilo de vida ou nível social,tentam possuir tudo o que lhes garanta um maior conforto ou um determinado “status”, acabando em grande parte das situações por não terem sequer tempo para usufruir de tudo o que conseguem obter.
A sociedade encontra-se em constante mutação, como tudo na Natureza (não nos podemos esquecer que também fazemos parte dela) no entanto, a vida na cidade embota-nos os sentidos e por vezes esquecemo-nos de onde viemos. À medida que a sociedade se transforma, as necessidades das pessoas passam também por alterações e começa-se a questionar e a pesar precisamente se as vantagens compensam as desvantagens de viver no meio urbano, acabando, principalmente nos anos mais recentes, por haver imensas pessoas que já fazem o contrário do que fizeram os seus pais e avós e deixam as cidades com o ideal de encontrar na vida no meio rural uma maior paz de espírito, mais contacto com a Natureza e por conseguinte mais qualidade de vida.
Neste trabalho fica portanto concluído, através de todas estas evidências, que as vantagens da vida na cidade acabam por não compensar as desvantagens e que com a descentralização cada vez maior de meios e equipamentos, associadas a uma cada vez maior facilidade na comunicação e nas acessibilidades, concluímos que a vantagem que ainda se mantém na cidade e que faz com que ainda bastante gente a procure para viver, se resume exclusivamente à área económica, uma maior facilidade em obter emprego e melhores salários. Aquilo a que alguns chamam o regresso às origens, está a fazer uma boa franja da população abdicar dessa vantagem que a cidade ainda representa e preferir apostar em novas profissões no campo, apesar de se tratar de investimentos de maior risco, por vezes com maiores custos, com menores salários e geralmente com prazos muito maiores de tempo para recuperar esses mesmos investimentos, no entanto justifica-se sempre a tentativa em face do aumento de desvantagens que a cidade oferece hoje em dia.




PATRIMÓNIO RURAL E URBANO

Com o despontar de novos modos de vida, houve um maior incremento de novas profissões em áreas de mercado que se encontravam sub-aproveitadas ou mesmo esquecidas. Uma maior valorização do património tem sido ao longo dos tempos um dos métodos utilizados para atrair gente às cidades e captar investimentos. Actualmente, com a mudança de mentalidades que começa a tomar forma e com o fluxo populacional cada vez maior em direcção ao meio rural, urge fazer o mesmo no campo e as apostas já começam a surgir, principalmente no aspecto do turismo. Desde a gastronomia ao aproveitamento das zonas florestais com fins desportivos, educativos ou apenas lúdicos, começam a aparecer cada vez mais negócios que apostam numa valorização das potencialidades do património das áreas rurais e florestais.. Casas especializadas em produtos regionais, artesanato e um turismo rural cada vez de maior qualidade e com mais pontos de interesse, para além de um aproveitamento das belezas naturais das várias regiões de uma forma sustentada são algumas das apostas que já se fazem actualmente. Enquanto que nas cidades se apostava sobretudo no património histórico e cultural, nos monumentos e equipamentos culturais que até há alguns anos atrás se encontravam em défice no meio rural, actualmente no campo já se investe no património histórico, cultural e natural. Criaram-se novas infra-estruturas, tais como, praias fluviais, melhores parques de campismo, uma grande aposta na agricultura biológica e no naturismo, ainda não muito representativo em Portugal.
O aproveitamento racional do património natural, cultural e histórico de determinada região, torna-se numa ferramenta fundamental para o desenvolvimento da mesma, transformando-se assim simultâneamente num pólo de atracção do turismo e em consequência disso, também do desenvolvimento, mas tudo conjugado e sempre de uma forma sustentável , de maneira a que o desenvolvimento crie boas condições de vida a quem lá habita e aos forasteiros que por lá passam.

umas pequenas pázadas de cultura

O objectivo da psicologia é o estudo científico do comportamento, dos processos mentais e da relação entre eles.
EX: Associacionismo :(Wundt)
Procura decompor a mente nos seus elementos simples, que são as sensações. Wundt utiliza como método a introspecção controlada.

e mais ainda:

As pessoas não rejeitam o dinheiro, é isso que nos distingue dos animais.
PARQUE NATURAL DA SERRA DE S. MAMEDE



O Parque Natural da Serra de S. Mamede foi criado em 1989 com o objectivo de assegurar a conservação da natureza, é o unico existente no Norte Alentejano. Tem um papel fulcral no que se refere a regras de exploração do meio natural, de forma a harmonizar as actividades humanas com a dinâmica dos ecossistemas e a partir daí ser fonte de benefícios para ambos.
A Serra de S. Mamede tem uma altitude de 1025m e fica situada no Alto Alentejo. Tem cerca de 40km de comprimento por 10km de largura e é o extremo Ocidental da cordilheira Luso-Espanhola, o Parque Natural da Serra de S. Mamede inclui o essencial desta área, na qual se engloba a diversidade da flora e da fauna, com especial referência para as aves de presa. É uma região com vestígios de povoamento desde o Paleolítico até à actualidade, essencialmente no que se refere à actividade agrícola. Segundo conta a lenda, Mamede que viveu no século XI, era cristão e perseguido, refugiou-se nas montanhas a pregar a sua religião e por algum motivo hoje desconhecido, deu origem a um mito do qual se extraiu o nome da serra e à volta do qual se criaram certas tradições, como por exemplo, e até há pouco tempo atrás, os pastores trazerem os seus rebanhos até à ermida de S. Mamede, no alto da serra, para que fossem abençoados, o que nos dá um retrato de uma sociedade vocacionada também para a pastorícia.
Em termos legislativos, o estatuto de conservação teve início com o decreto-lei n.º 121/89 de 14 de Abril e que deu origem à criação do Parque Natural da Serra de S. Mamede. Posteriormente e de acordo com uma resolução do Conselho de Ministros de 28 de Agosto de 1997, dá-se uma reclassificação do parque que passa a estar inscrito na Lista Nacional de Sítios Rede Natura2000. Em 23 de Setembro de 1999, atinge o estatuto de Zona de Protecção Especial e finalmente em 2004 estabelece-se, através de uma nova reclassificação, a interdição da caça em todos os terrenos cinegéticos não ordenados dentro dos limites do parque.
Como valores geológicos, toda esta zona encontra-se provida de extensos alinhamentos de quartzo originados por movimentos compressivos laterais que tiveram origem na formação dos continentes. O terreno é composto por granitos associados ao quartzo nas bordaduras da serra, enquanto que no maciço central predominam os xistos e calcários.
As suas características edafo-climáticas, contribuem, tanto a nível da fauna como da flora, para uma enorme diversidade.
O coberto arbóreo é composto essencialmente por sobreiro (Quercus suber), estando também representado pelo carvalho negral (Quercus pyrenaica) e pela azinheira (Quercus rotundifolia), outrora bastante abundante, mas agora já só restringida aos locais em que as condições edafo-xerófitas o permitem.
Entre os diversos habitats deste meio, podem ainda identificar-se, matos arborescentes e matos de leguminosas, onde predominam também manchas semi-naturais, explorações semi-abandonadas e toda uma enorme variedade de, olivais, castinçais, soutos, pastagens, pinhais, etc.
Na parte mais influenciada pelo Homem, vemos, nas encostas viradas a Sul, as culturas de tipo mediterrânico tais como, a oliveira e a vinha entre outras menos representativas. Nas encostas viradas a Norte, temos um tipo de vegetação completamente diferente, onde predominam tanto a cerejeira como o castanheiro ou a nogueira, a salientar que nas zonas mais artificializadas do parque se encontra uma grande área de pinheiros (Pinus pinaster) que ocupa a maior parte do maciço central da serra. Dentre todas as espécies silvestres existentes no local, destacam-se duas que são consideradas raras, o Lamium bifidum e o Trisetum scabrisculum. Em certos vales existe uma boa integração entre a parte humanizada e a parte natural, esta situação resulta numa paisagem de carácter mais harmonioso e com maior valor paisagístico.
Um dos factores mais importantes na biodiversidade deste parque natural consiste na importância do mesmo a nível ornitológico, fazendo inclusivé parte de rotas migratórias importantes de muitas espécies de aves no percurso da Europa para a África e vice-versa. De um inventário já efectuado, foram identificadas até agora pelo Atlas das Aves do PNSSM cerca de 150 espécies, dentre as quais, 40 nidificam no parque. Das espécies em maior destaque, podemos salientar a águia-de-bonelli, (Hieraaetus fasciatus) o grifo (Gyps fulvus) e o abutrer-preto, (Aegypius monachus) encontrando-se ainda a cegonha-negra, (Ciconia nigra) apenas para salientar algumas das mais importantes.
Existem também mamíferos com estatuto de ameaça, devido a ser uma população que está em declínio, principalmente na Europa, a lontra (Lutra lutra) é um dos casos e o rato de cabreras, (Microtus cabrerae) que além de ameaçado é considerado uma espécie rara, é outro dos casos. Da fauna mais comum salientam-se, o texugo, (Meles meles) o sacarrabos (Herpestres ichneumen) e o coelho-bravo, (Oryctolalus cuniculus) isto só para citar alguns. Na antiga mina de chumbo da Cova da Moura e em grutas calcárias existentes na zona, encontram-se importantes colónias de morcegos, e é grande a variedade de répteis e anfíbios, sendo o local onde se pode encontrar a maior quantidade de espécies, a salientar, o lagarto-de-água (Lacerta shreiberi) e duas espécies de cágados (Emys orbicularis e Mauremys caspica) que se encontram ameaçadas.
“RESERVA NATURAL DAS BERLENGAS”


O arquipélago das Berlengas está situado a cerca de 16 km a Oeste de Peniche, é composto por um conjunto de pequenas ilhas agrupadas em três grupos e que são: a Berlenga Grande, Estelas e Farilhões. O seu clima é essencialmente atlântico, em especial nas encostas viradas a Norte e a Noroeste, zona também muito ventosa. Nas encostas viradas a Sul e a Sueste notam-se fortes influências mediterrânicas. É uma região de fortes chuvas no Inverno e grandes períodos de aridez entre a Primavera e o Outono. A área envolvente do arquipélago, cerca de 9560 hectares, está classificada como Reserva Marinha e toda a zona encontra-se dividida em três partes, Reserva Integral, Reserva Parcial e Área de Recreio
A Berlenga Grande, cobre uma área de cerca de 78,8 ha, sendo, por este motivo a maior ilha do arquipélago e simultâneamente a única habitável e, desde a antiguidade a única habitada.
A Noroeste da ilha principal encontram-se as Estelas que são compostas por alguns rochedos de grandes dimensões e não muito longe, os Farilhões, um pequeno grupo de ilhéus. No aspecto geológico, todo o arquipélago é de origem granítica. Possui uma fauna e flora bastante diversificada. No que se refere à fauna e devido à grande riqueza de biodiversidade existem várias espécies de aves que nidificam neste ponto isolado do litoral, apesar de ser no mar circundante que se encontra a maior riqueza faunística da região. Voltando às aves, há a destacar, o airo, símbolo da Reserva Natural da Berlenga e que é uma das espécies mais ameaçadas da nossa fauna, em contrapartida existe uma grande explosão demográfica no que respeita às gaivotas-argênteas-de-patas-amarelas. Esta ilha serve de limite Sul à nidificação do airo e simultâneamente serve de limite Norte às pardelas-de-bico-amarelo que só vêm a terra criar, passando o resto do ano em alto-mar. Destacam-se, entre outras espécies, a lagartixa-de-bocage e o sardão, esta última espécie ameaçada pela grande população de gaivotas, coelho-bravo e rato-preto. Existem cerca de cem espécies botânicas no arquipélago, entre as quais algumas únicas na Terra e outras raras, sendo algumas das mais representativas, a Lobularia marítima e a Frankenia laevis, por exemplo. Tendo em conta que a maior parte da ilha é reserva integral, é natural que a maioria da fauna e flora não esteja ao alcance do visitante.

A primeira referência que temos e que nos comprova a ocupação humana remonta à antiguidade e posteriormente há registo da passagem por estas ilhas de, romanos, vikings, muçulmanos e mais recentemente, os corsários. Em 1513, uma ordem de monges estabeleceu-se no local a fim de prestar auxílio às vítimas dos naufrágios, muito frequentes na época e naquela zona, fundando o mosteiro da Misericórdia da Berlenga mais tarde convertido em forte e que, ao fim de muitos anos e após constantes abandonos devido à falta de condições, foi transformado, já em meados do século vinte, em restaurante. O farol da ilha foi construído em 1841 e actualmente, ainda em funções, é alimentado a energia solar.
A importância das Berlengas enquanto ecossistema insular, o seu valor biológico tanto na parte terrestre como marinha para além da presença de um interessante património arqueológico subaquático, foram alguns dos factores que pesaram na classificação do arquipélago como Reserva Natural através da aprovação do Decreto-Lei n.º 264/81, de 3 de Setembro.
A forma de chegar à ilha é através de carreiras regulares de barco com partida de Peniche, entre Maio e Setembro, ou de barcos turísticos ao longo do ano (quando o tempo permite). Os serviços disponíveis são, o Centro de Interpretação e os trilhos para percursos pedestres que podem ser percorridos para melhor conhecimento da ilha sendo bastante importantes para os observadores de aves e fotógrafos. Existe também a pequena Praia do Carreiro do Mosteiro com apenas 40 metros de comprimento mas que é a única praia das Berlengas. Existem ainda dois restaurantes na ilha e o forte de S. João Baptista dispõe ainda de uma zona de campismo e um minimercado.

sombras do passado


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

“O ser e o parecer”





Era já noite cerrada, quando finalmente vislumbrou uma quinta perdida no meio do nada, como se estivesse mesmo à sua espera.
Parou o carro e saiu, o silêncio da noite era total e o brilho da lua era a única luz de que dispunha, pois a casa estava completamente às escuras. Bateu à porta mas não recebeu resposta, provavelmente, quem quer que ali vivesse, deitava-se cedo, pudera, num sítio daqueles não tinha outra alternativa.
Admirou-se de não ouvir cães ladrar, pois nas quintas isoladas geralmente há cães de guarda, mas não, tirando os ruídos característicos da floresta em redor nada mais se ouvia, nem dentro nem fora da casa.
Tornou a bater, agora com mais força, precisava mesmo de encontrar alguém o mais depressa possível. Desta vez ouviu-se como que um sussurro dentro da casa. Ele apurou o ouvido e esperou.
Ouviu-se o som de ferro a bater, como se alguém destrancasse a porta a partir do interior, uma chave girou na fechadura e finalmente a pesada porta abriu-se rangendo furiosamente e deixando entrever um sujeito atarracado com uma lanterna na mão que elevava acima da cabeça a fim de ter melhor visibilidade e com um aspecto no mínimo estranho, não teria mais que um metro e meio, a sua cara era enrugada como cabedal e no lado superior direito da testa exibia uma protuberância como se de um hematoma se tratasse e a sua boca apenas com os caninos a brilhar dava-lhe um ar sinistro.
Deu as boas noites ao homem que lhe respondeu com um trejeito e uma espécie de ronco, e como o homem ficasse ali especado sem dizer nada, ele pouco à vontade perguntou-lhe se por acaso não teria um canto onde ele se pudesse encostar só até de manhã.
O homem ficou uns segundos calado a olhá-lo, o que ainda fez com que ele se sentisse menos à vontade, por fim lá emitiu uns sons incompreensíveis e fez um sinal com a mão para que o seguisse, dando a entender que tinha percebido.
Ele entrou para uma sala que deveria ser muito maior do que parecia, pois na claridade que se espraiava da lanterna ao longo do chão, não se conseguia vislumbrar onde era a parede.
O homem fechou a porta devagar, a confirmar que estava realmente bem fechada e depois voltou-se, passou por ele sem uma palavra com a lanterna bem levantada, ele seguiu-o sempre com uma sensação desconfortável, era como um formigueiro que subia desde os pés pela coluna acima até à nuca e depois reflectia até às pontas das mãos que começavam a transpirar imenso.
Passaram daquela divisão para uma outra mais pequena que por conseguinte dava passagem para um corredor com portas de ambos os lados, seguiram, até que o homem estacou entre duas portas, rodou lentamente, fixou o olhar nele como se estivesse a tentar perscrutar na sua mente, o que o fez ficar ainda mais nervoso, indicou-lhe com o dedo uma das portas e sem dizer palavra seguiu pelo corredor adiante, ele ainda lhe perguntou por uma luz, mas o homem seguiu sem sequer se voltar, até desaparecer numa outra porta ao fundo do corredor, deixando-o envolto na escuridão total.
Ele então entrou no quarto tacteando, abriu a porta com a respiração suspensa e virou à direita sempre com as mãos a deslizar pela parede, até que tropeçou numa qualquer peça de mobiliário, foi descendo com as mãos devagar até ao tampo do que parecia ser uma mesa ou algo parecido, seguiu ao longo do tampo e encontrou um pequeno prato com um coto de vela, apalpou mais à procura de fósforos que não encontrou, só depois se lembrou que tinha um isqueiro que guardava sempre consigo, não por que fumasse, mas era um hábito que adquirira quando tinha estado na tropa, andar sempre com um isqueiro e com uma faca no bolso, desenrasca-nos em muitas situações e esta era uma delas.
Tirou o isqueiro do bolso, acendeu a vela e pôde então certificar-se de como era o espaço à sua volta. O quarto deveria ter cerca de cinco ou seis metros quadrados, e para além daquilo que ele agora via tratar-se, não de uma mesa, mas sim de uma pequena cómoda que se encontrava encostada à parede logo à entrada, apenas dispunha de uma cama de ferro antiga e um quadro com uma cena de caça, já meia desbotada, pendurado na cabeceira da cama.
Pousou a vela novamente na cómoda e inspeccionou a cama, não estava muito limpa mas para desenrascar servia muito bem.
Deitou-se em cima de um cobertor gasto que cobria a cama e pôs-se a ver a perspectiva do quarto à luz fraca da vela, mas as sombras lúgubres causadas pela chama da vela começaram a fazer-lhe pensar em coisas estranhas e resolveu apagar a vela e tentar dormir.
Foi uma noite difícil, ao principio não lhe saía da ideia o aspecto grotesco do homem, que, associado ao local e ao seu comportamento, lhe dava uma sensação de mal-estar causada sem duvida pelo receio de toda aquela situação em que agora pensava de forma mais concreta.
Adormeceu sem se aperceber, mas durante toda a noite teve pesadelos horríveis e de manhã, quando acordou, estava cansadíssimo. Primeiro não percebia onde se encontrava, mas o sol batia no pára-brisas do carro, e até conseguir coordenar ideias levou algum tempo, lembrava-se do que se passara na noite anterior, mas não conseguia compreender como adormecera naquela casa e agora acordava na berma de uma estrada de campo dentro do seu carro.
Pensou melhor se não teria sido tudo um sonho, pois de uma coisa tinha ele a certeza, tinha sido uma noite muito estranha e atribulada, demasiado até para ser real, mas lembrava-se exactamente do homem com aspecto assustador, do local isolado onde estava a casa e do quarto onde ele pensava que tinha dormido, e mais estranho ainda era que, por mais voltas que desse não encontrava nem a faca nem o isqueiro que andavam sempre consigo.
Tentou raciocinar coerentemente, pois estas coisas não acontecem, olhou à volta a ver se encontrava alguma casa por perto, não tivesse ele tido um ataque de sonambulismo e ido dormir para o carro, mas não havia sinal de nenhuma casa nas redondezas, baralhado com tudo isto resolveu seguir viagem, pois naquele momento estava completamente perdido.
Certificou-se se tinha a chave do carro e lá estava ela pendurada na ignição, olhou para o conta-quilómetros mas não se lembrava de ter reparado quantos quilómetros tinha na véspera à noite, quando foi ter (ou sonhou que foi ter) àquele local estranho.
Decidiu esquecer tudo como tendo sido uma noite mal passada para esquecer e pondo o motor em marcha engrenou uma primeira e arrancou devagar pela estrada poeirenta, tentando vislumbrar algum ponto de referência que lhe pudesse indicar onde estava.
Conduziu durante cerca de meia hora por aquela estrada até encontrar finalmente uma estrada de alcatrão, onde, sem nenhuma sinalização, optou por seguir para a direita simplesmente por instinto, conduziu durante algum tempo até que encontrou outro carro na estrada que seguia em direcção contrária, fez-lhe sinais de luzes para ver se parava e teve sorte, era uma velha camioneta de caixa aberta com um velho agricultor ao volante que parou ao seu lado e lhe perguntou se precisava de alguma coisa, ele disse que sim, que andava em viagem e se perdera, como nunca tinha andado para aqueles lados, queria saber se haveria alguma localidade por perto, o velhote indicou-lhe o percurso para a povoação mais próxima e seguiram cada um para seu lado.
Depois de mais uma hora de viagem lá chegou por fim a uma vila já com bastante movimento, este sinal de vida e a presença das pessoas, o movimento, o burburinho já quase de uma cidade, fez-lhe regressar à realidade, de que nas ultimas horas parecera andar completamente alheado.
Encostou o carro no primeiro local que encontrou e de repente lembrou-se que já não comia nada desde o almoço do dia anterior, este pensamento aguçou-lhe o apetite, saiu, trancou o carro e olhou à volta em busca de algum sítio onde pudesse comer algo, viu um pequeno café com bolos na montra e dirigiu-se rapidamente para lá, agora tinha realmente muita fome, e de tão obcecado que se dirigia para o estabelecimento, passou por uma loja de electrodomésticos que tinha aparelhos de televisão na montra e nem reparou que num dos aparelhos que estava ligado, estava a ser dada a notícia de um crime monstruoso cometido numa zona isolada da região onde um pobre homem deficiente que vivia sozinho, tinha sido estripado por alguém que depois lhe incendiou a casa e de quem a polícia procurava agora o rasto.
“O VELHO”

Empurrou a porta do quarto silenciosamente, logo de imediato lhe chegaram os odores característicos de um local onde se encontra alguém acamado, entrou cautelosamente, quase como se de um estranho se tratasse.
Ele e o velho nunca tinham tido uma relaçãode muita intimidade, a sua vida tinha-se desenrolado sem grandes contactos apesar de viverem na mesma casa, o velho era assim, sempre se tinham dado bem e o velho nunca lhe negara ajuda todas as vezes que precisara, mas sempre numa relação distante.
Apesar de toda a sua vida até ali ter sido sempre como que em mundos à parte, ele gostava do velho e sabia que o velho também gostava dele , mas à sua maneira muito peculiar.
O velho entreabriu ligeiramente os olhos ao pressentir a entrada de alguém.
Então, vais melhor ?- perguntou à laia de cumprimento.
Vai-se indo. Disse o velho com um sorriso fraco, e tornou a fechar os olhos sem se mexer.
Ele sentou-se na beira da cama e ficou ali um pouco no silêncio do quarto, ouvindo-se apenas o chilrear dos pássaros lá fora, onde um belo sol de primavera brilhava intensamente. Por vezes chegavam-lhe aos ouvidos os sons provenientes da cozinha e que para ele eram bem familiares, eram os ruídos da velha a preparar o almoço.
Todas as janelas do quarto se encontravam com as cortinas fechadas, para a claridade do dia não incomodar o velho, com excepção de uma que se encontrava apenas meio corrida e por onde entrava um raio se sol que se espraiava pelo chão do quarto com as inevitáveis part´culas de poeira que bailavam no ar. Aquela calma trouxe-lhe à memória os tempos passados da sua infância e juventude que naquela casa tinha vivido.
Nunca se casara, tinha saído de casa com cerca de vinte anos, única e exclusivamente para se sentir mais independente. Tinha o seu trabalho que lhe dava bem para viver e o facto de ficar em casa dos velhos dava-lhe sempre aquela sensação de ter que dar sempre satisfações acerca de tudo, coisa que ele não suportava, gostava de estar à vontade no seu espaço, mas gostava muito daquela casa, todos os seus recantos e até o próprio cheiro, característico e que lhe era tão familiar.
Tornou a olhar o velho, pareceu-lhe que dormitava, mas não, apenas tinha os olhos fechados, estava-se bem ali, naquele ambiente morno e silencioso.
Pôs-se entretanto a fazer mentalmente uma retrospectiva da sua vida naquela casa, lembrou-se da escola primária, dos amigos, de que, entretanto, (todos ou quase todos) tinha perdido o rasto, pois tinham, também eles seguido o rumo das suas vidas.
Recordou os tempos de liceu, a universidade e o facto de ter estudado e trabalhado durante os últimos anos do curso, só para poder estar na sua casa e sair debaixo das saias da velha.
De repente um estremecimento na cama fê-lo olhar para o velho, tinha o rosto crispado pelas dores que por vezes o atacavam com força, ele pegou num frasco que se encontrava na mesa de cabeceira, com uns comprimidos encarnados muito pequenos, já sabia como tudo se processava naqueles momentos pois já tinha sido instruído pela velha nas várias visitas que tinha feito lá a casa, desde que o cancro tomara conta, de uma forma irreversível, do corpo do velho. Quando o velho sentia dores tinha que se lhe dar logo um comprimido daqueles para o acalmar, abriu o frasco a olhar para o velho e viu-o abrir os olhos, olhar para ele com um olhar tão meigo como nunca lhe vira, (excepto talvez uma ou duas vezes quando era criança) tornou a fechá-los e o seu corpo como que se enteiriçoue foi voltando ao normal a pouco e pouco, a cabeça tombou um pouco para fora da almofada, foi quando ele, ao tentar aconchegá-lo se apercebeu que o velho se tinha despedido de si, estava morto.
Ali ficou ele então, patéticamente sentado na beira da cama, sentindo-se completamente impotente, com o frasco dos comprimidos numa das mãos e com a outra pousada na testa do velho, olhou para a janela com um sentimento misto de angústia, tristeza e raiva, por esta existência tão curta, que no fim de contas não passa de uma luta constante pela sobrevivência, até ao inevitável fim de tudo, o que lhe provocava uma forte pressão no peito e uma enorme vontade de gritar.
Lá fora o dia continuava belo, os pássaros continuavam a chilrear e os sons monótonos da cozinha chegavam até si abafados, a sua cabeça dava voltas e mais voltas misturando todas os pensamentos que estava a ter, com a preocupação de saber como havia de dizer à velha que o seu velho já não existia.
Reduzido à sua pequenez em relação a algo tão poderoso como a morte, o seu pensamento deambulou por instantes entre as imagens passadas e o presente, e com uma enorme vontade reprimida de chorar, sentindo um picar insuportável nos olhos e na garganta, pensou como havia de dar a notícia à velha, enquanto uma lágrima teimosa lhe escorria pelo rosto ao mesmo tempo que lembrava os tempos felizes de infância.





FIM

STRANGE TIMES IN CASABLANCA

VELA – RETALHOS

A região que hoje conhecemos como Beira Interior pode, em épocas remotas, ter sido o ponto de convergência de dois ramos que podemos considerar como percursores dos lusitanos, o povo que vinha do Sul, da região da Beira-Baixa conhecido como os “Igaeditani” e o povo que vinha de Norte que eram os “Lancienses Oppidani”, estas tribos devem ter começado por se instalar nas cumeadas dos montes onde provavelmente construíram fortificações castrejas. Uma das hipóteses da origem toponímica tem a ver com o facto de o local se situar num bom posto de vigia, ou de vela, dos pontos Este, Sul e Sudeste, apesar de existirem outros lugares na actual freguesia que podem ter sido o berço toponímico do lugar.No topónimo Vela, é muito difícil saber a origem e evolução do nome, há bastantes teorias acerca do assunto, mas nenhuma delas definitivamente segura. Em Amezendinha (ou vale da Amezendinha) por exemplo, tem-se o diminutivo do antigo “amezenda” que deve ter denominado um local vizinho que entretanto se desvaneceu por a povoação se ter fixado noutro local.
O nome amezenda referia-se a um local povoado de macieiras (provavelmente bravas) de qualquer modo, o topónimo verdadeiro é difícil de descobrir.
A partir do século IV A.C. os Túrdulos estabelecem-se em Castelo Rodrigo e progridem para o interior do território que hoje são as Beiras, posteriormente, entre os séculos I e IV da nossa era deu-se a romanização do território. A desagregação do modo de vida romano agudizou-se com a chegada de, Suevos, Alanos e Vândalos cerca do ano de 409 D.C., após o ano de 585 com a unificação peninsular sob a coroa visigótica parece ter havido uma tentativa de desmilitarizar a paisagem. Mantém-se a ruralização da sociedade e as cidades conservam apenas as suas funções religiosas e civis, desaparecendo progressivamente as suas funções judiciais e posteriormente fiscais, num claro processo de perda de capacidades de controlo do território. Apesar de tudo, a Península Ibérica parece ter conhecido uma relativa estabilidade entre o fim do século VI e o início do século VIII. As lutas internas pelo controlo do poder acabam por desencadear a entrada dos muçulmanos em 711.
Na segunda metade do século IX, durante o reinado de Ordonho I, o processo de reconquista dos territórios sob poder muçulmano toma novo fôlego e assume uma nova motivação, a de repovoar e reorganizar o território, porém, após o controle político cristão de um século, os muçulmanos conseguem reconquistar novamente toda a área entre a linha do Mondego e do Douro, até meados do século XI.
A ocupação muçulmana da região nordeste da serra da Estrela não deixou muitas marcas, mas ainda hoje é possível identificar alguns topónimos que atestam a presença da língua árabe nestas terras, como por exemplo: Soida e Ramela, no actual concelho da Guarda.
Com o fraccionamento do califado em pequenos reinos ou taifas, toda a antiga Lusitânia romana fica integrada na taifa de Badajoz.
O rei asturo-leonês Fernando Magno inicia a partir de 1055 a nova e definitiva reconquista cristã dos territórios entre o Douro e o Mondego. No início do século XII, toda a linha estabelecida pelo rio Mondego era considerada a fronteira do condado de Portucale.
A criação da Vela como povoação deve atribuir-se ao repovoamento efectuado por D. Sancho I. O topónimo “Alvarões”, (local situado na serra a Oeste da Vela) pode no entanto, ser muito anterior à nacionalidade.
Parece que devido a Franklin no seu arrolamento de forais, por certo depois firmado por Pinho Leal, um grave erro se expõe sobre esta freguesia, o de dizer que recebeu foral, dado por D. Afonso III em 1255, com o consequente equívoco de dizer que foi vila com o nome de Veela, o que na realidade era referente a uma povoação no concelho de Vila Pouca de Aguiar, podendo-se confirmar no próprio arrolamento de forais de D. Afonso III e de acordo com as inquirições do mesmo em 1258 que referem como confrontações o seguinte: 1ª alçada - entre Cávado e Minho e 2ª alçada – entre Douro e Ave até ao Tâmega, povoação essa hoje com o nome de Vilela.
Sobre o povoamento do território abrangido pela freguesia de Vela até cerca dos séculos XII – XIII nada ainda foi encontrado em termos de documentação e, anteriormente o mesmo sucede, pondo de parte qualquer elucidação histórica.
Onde realmente se encontram algumas menções à freguesia da Vela, ainda não instituída paroquialmente, é nas inquirições de D. Dinis, (1290) onde se depreende que o lugar deve ter sido repovoado dos finais do século XII para o início do século XIII, por certo quando D. Sancho I fundou a Guarda e lhe deu termo compreendendo este local que, apesar de subordinado à Guarda, dispunha de alguma liberdade municipal própria pois tinha alcaides e oficiais privativos e por fim os nobres fizeram do lugar honra e com isso deixou de obedecer à cabeça de julgado, acrescentando-se ainda os limites de honra para além dos do local.
O primeiro senhor da Vela e Jarmelo de que existe documentação foi D. João Afonso Telo, sexto conde de Barcelos, falecido na batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385 e que, devido a não ter deixado descendência, deu azo a que D. João I doasse as terras de Vela e Jarmelo a um dos heróis da mesma batalha que era o vassalo da coroa Egas Coelho, em carta régia de 29 de Agosto de 1385.
Egas Coelho manteve-se pouco tempo na posse Dos lugares de Vela e Jarmelo devido a problemas com o rei, o que veio dar origem ao seu exílio para Castela. O rei D. João I doou todos os bens de Egas Coelho, excepto os bens de Leiria, ao filho primogénito do mestre da Ordem de Cristo, Diogo Lopes de Sousa. Durante o longo tempo de vida do senhor da Vela e devido à boa relação do mesmo com o infante D. Pedro, a Vela e os seus moradores conseguiram obter alguns benefícios.
Por morte de Diogo Lopes de Sousa, provavelmente ocorrida no ano de 1448, sucedeu-lhe o seu filho primogénito Álvaro de Sousa. Tal como o seu antecessor, este fidalgo continuou a desempenhar as funções de mordomo-mor do rei.
Devido à continuação de relações amigáveis com a família real, D. Afonso V, por carta de 2 de Janeiro de 1459, outorgou a jurisdição civil e criminal ao lugar, fazendo com isso que a Vela se tornasse independente da jurisdição da Guarda.
A reacção da Guarda à perda de jurisdição sobre a Vela não tardou a demonstrar-se sob a forma de contestação à deliberação real, o que provavelmente fez com que D. Afonso V tenha reflectido acerca da atitude tomada e tenha, após bastantes exposições e solicitações feitas pelo concelho e homens-bons da Guarda, tenha promulgado um diploma em 6 de Julho desse mesmo ano de 1459 a dar sem efeito a carta por ele outorgada em Janeiro.
A expressão demográfica da Vela que nos aparece claramente denunciada no numeramento de 1527 demonstra-nos a importância do lugar, a cidade da Guarda tinha naquela altura 379 habitantes e a Vela encontrava-se em segundo lugar com 152, tendo como terceiro lugar com apenas 97 habitantes o Seixo Amarelo e havendo lugares como por exemplo, a Benespera, com apenas 56 habitantes.
Nesta freguesia houve e há, algumas infelizmente completamente degradadas, quintas notáveis de famílias que tiveram mais realce nos séculos XVIII e XIX, talvez oriundas da honra da Vela, cuja estirpe não se determina, sendo dignas de especial menção, a dos Saraiva Refoios, destruída e espoliada de toda a sua origem durante o governo do estado novo e transformada num edifício estilo estado novo que actualmente serve como lar de terceira idade. Nesta quinta existia um notável chafariz armoriado do século XVIII assente ao cimo de uma espaçosa escadaria e construído de finíssima pedra, chafariz esse que ornamenta hoje em dia a entrada Sul da cidade da Guarda para onde foi levado para a cidade da Guarda quando da destruição do espaço. Existe também a dos Póvoas, onde o cabo-de-guerra miguelista, general Póvoas, passou os últimos anos da sua vida e acabou por falecer.
No paroquial a freguesia da Vela é posterior ao século XV e parece ser instituição da Sé egitaniense numa ermida medieval de Santa Maria. Estava-se em pleno século XIV. Um grupo de Terceiras Seculares (não eram propriamente freiras) que davam pelo nome de Beatas Terceiras e tinha criado um hospício num lugar distante da Vela cerca de duas léguas, umas eram naturais do lugar da Vela outras vieram de fora e viviam de esmolas recebidas nos lugares até onde se deslocavam. Por usarem hábitos pardos o povo começou a dizer que andavam em hábitos de S. Clara e a partir daqui e querendo abraçar a regra da matriarca S. Clara, foram duas delas a Avinhão pedir ao papa Clemente VI que lhes concedeu a graça que pediam pela bula. Chamavam-se estas duas mulheres, Florença Anes e Maria Fernandes e no regresso, juntamente com todas as outras companheiras, professaram a regra de S. Clara, ordem que veio mais tarde a ser transferida para a cidade da Guarda para o convento de S. Clara.
Talvez por influência destes acontecimentos é que o chantre da sé da Guarda presenteava o vigário da Vela com 30 mil réis de côngrua além do pé-de-altar.
No administrativo, a Vela foi sempre do termo da Guarda e, na actualidade, a Vela é uma freguesia do concelho, comarca, distrito e diocese da Guarda.