sábado, 12 de novembro de 2011

CICLO DO NITROGÉNIO OU AZOTO

O ciclo do nitrogénio ou ciclo do azoto é o ciclo biogeoquímico que comporta as diversas transformações que este elemento sofre no seu ciclo entre o reino mineral e os seres vivos.
O nitrogénio molecular, N2, é um gás biologicamente não utilizável pela maioria dos seres vivos. A sua entrada no mundo vivo ocorre graças à actividade dos microrganismos fixadores, as algas azuis e algumas bactérias, que o transformam em amónia. No processo de nitrificação, outras bactérias transformam a amónia em nitritos e nitratos.
Essas três substâncias são utilizadas pelos vegetais para a elaboração de compostos orgânicos nitrogenados que serão aproveitados pelos animais. O ciclo fecha-se a partir da actividade de certas espécies de bactérias, que efectuam a desnitrificação e devolvem o nitrogénio molecular para a atmosfera.
A plantação de leguminosas(feijão, por exemplo),a chamada adubação verde, enriquece o solo com compostos nitrogenados, uma vez que nas raízes dessas plantas há nódulos repletos de bactérias fixadoras de nitrogénio.
Outro procedimento agrícola usual é a rotação de culturas, na qual se alterna o plantio de não-leguminosas, que retiram do solo os nutrientes nitrogenados, com leguminosas que devolvem esses nutrientes ao meio.


CICLO DA ÁGUA

O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.
Pequeno ciclo
No pequeno ciclo, a água dos oceanos, lagos, rios, glaciares e mesmo a embebida no solo sofre evaporação pela acção do calor ambiental e passa à forma de vapor, dando origem às nuvens. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor de água sofre condensação, e a água líquida volta à crosta terrestre na forma de chuva.
O ciclo das chuvas foi um dos responsáveis pelo arrefecimento relativamente rápido da crosta terrestre, nos primórdios de nosso planeta. Hoje, o ciclo das chuvas contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.
Grande ciclo
No grande ciclo, a água é absorvida pelos seres vivos e participa do metabolismo deles, sendo posteriormente devolvida para o ambiente.
As plantas absorvem a água infiltrada no solo por meio de suas raízes. Além de ser solvente e reagente de inúmeras reacções químicas intra celulares, a água é uma das matérias-primas da fotossíntese: os seus átomos de hidrogénio irão fazer parte da glicose fabricada e os seus átomos de oxigénio unir-se-ão para formar o O2 (gás oxigénio) libertado para a atmosfera. Na respiração, as plantas degradam as moléculas orgânicas que elas mesmas fabricam para obter energia, libertando anidrido carbónico e água.
As plantas estão sempre a perder água através da transpiração, principalmente durante o dia. É por isso que o ar é húmido nas florestas e seco nos desertos e áreas desmatadas. Uma vez que absorvem água do solo e a libertam, sob a forma de vapor para a atmosfera, as plantas contribuem para a manutenção de um grau de humidade do ar altamente favorável à vida.


CICLO DO OXIGÉNIO

O ciclo do oxigénio é complexo, uma vez que esse elemento é utilizado e libertado pelos seres vivos em diferentes formas de combinação química. O principal reservatório de oxigénio para os seres vivos é a atmosfera, onde esse elemento se encontra na forma de gás oxigénio (O2) e de dióxido de carbono (CO2).
O O2 é utilizado na respiração aeróbica das plantas e animais. Nesse processo, os átomos de oxigénio combinam-se com átomos de hidrogénio, formando moléculas de água. A água formada na respiração, chamada água metabólica é, em parte, eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, em parte utilizada em processos metabólicos. Dessa forma, os seus átomos de oxigénio acabam incorporados na matéria orgânica e podem voltar à atmosfera através da respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e anidrido carbónico.
O CO2 atmosférico é utilizado no processo de fotossíntese. Os carbonos e os oxigenados presentes no anidrido carbónico passam a fazer parte da matéria orgânica do vegetal e tanto a respiração como a decomposição dessa matéria orgânica restituirão o oxigénio à atmosfera, na forma de água e anidrido carbónico. A água utilizada pelas plantas na fotossíntese é quebrada, e os seus átomos de oxigénio são libertados para a atmosfera na forma de O2.


CICLO DO CARBONO

O carbono presente nos seres vivos é, originalmente, proveniente da atmosfera. Por meio da fotossíntese, os seres fotossintetizantes fixam o carbono que retiram do CO2 atmosférico. Esses átomos de carbono passam a fazer parte das moléculas orgânicas fabricadas.
Durante a respiração, uma parte das moléculas orgânicas é degradada, e o carbono que as constituía é devolvido à atmosfera, novamente na forma de CO2. Parte do carbono retirado do ar passa a constituir a biomassa dos seres fotossintetizantes, podendo eventualmente ser transferida aos animais herbívoros.
Nos herbívoros, parte do carbono contido nas moléculas orgânicas dos alimentos é libertada durante a respiração, e o resto irá constituir a sua biomassa, que poderá ser transferida para um carnívoro. Dessa forma, o carbono fixado pela fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro, enquanto retorna gradualmente à atmosfera, em consequência da respiração dos próprios organismos e da acção dos decompositores, que actuam em todos os níveis tróficos.


CICLO DO FÓSFORO

Além da água, do carbono, do azoto e do oxigénio, o fósforo também é importante para os seres vivos.
Em certos aspectos, o ciclo do fósforo é mais simples do que os ciclos do carbono e do azoto, pois não existem muitos compostos gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera. Outra razão para a simplicidade do ciclo do fósforo é a existência de apenas um composto de fósforo realmente importante para os seres vivos: o íon fosfato.
As plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os fosfatos dissolvidos na água e no solo. Os animais obtêm fosfatos na água e no alimento.
A decomposição devolve o fósforo que fazia parte da matéria orgânica ao solo ou à água.

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