quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

SKIDDERS E FORWARDERS

Skidder é qualquer tipo de veículo pesado usado na operação de corte e transporte de árvores para fora de uma floresta por arrastamento, em declives superiores a 20% . Forwarder é qualquer tipo de veículo autocarregador que é usado em zonas de menor declive para o mesmo efeito.
Os primeiros skidders eram puxados por cavalos ou mulas. Mais tarde apareceram outros tipos, como por exemplo, o bummer que era simplesmente um reboque pequeno puxado atrás de uma esteira rolante e, posteriormente os skidders mecânicos. Um tipo de skidder muito popular era o skidder de Clyde, construído por Clyde Iron. Embora estas máquinas parecessem ser grandes e incómodas, eram verdadeiros cavalos de trabalho daquela época e as condições de trabalho em torno destas máquinas eram muito perigosas. O maior destes equipamentos era o skidder de Lidgerwood.
A movimentação das madeiras por meio de arrastamento, suspensas por correntes ou em tractores autocarregáveis logo após o corte até a berma das estradas é uma operação que exige um planeamento detalhado de escolha das máquinas próprias dentro do sistema mais indicado de trabalho. Actualmente, a extração mecanizada é realizada por meio de “skidders” e “forwarders”. O skidder, conforme hoje o conhecemos, apareceu na década de 60, sendo um tractor potente, fácil de operar e económico. É uma máquina que pode trabalhar com diferentes tamanhos de árvores. Trata-se de um tractor florestal arrastador, desenvolvido exclusivamente para o arrastamento de madeira. Possui uma cabine com grande mobilidade dentro da área de corte, tem o chassis articulado, tracção 4x4, rodados de pneus e/ou rastos. Alguns modelos são dotados de uma garra traseira telescópica que é acionada pelo sistema hidráulico ou sistema de cabos de aço para que seja realizado o arrastamento de feixes de toros, sendo assim chamados clambunk skidder.. As principais vantagens do clambunk skidder, são: a máquina base pode voltar a operar como “forwarder”; o volume da madeira extraída por ciclo permite operar em distâncias maiores do que as convencionais, contribui para a redução da densidade de estradas florestais, pode operar inserido em vários sistemas, tais como, em conjunto com harvester, feller, derrube manual, escavadora com cabeçote, garra traçadora, slasher, mini-slasher, traçamento na estrada, e outros; excelente do ponto de vista ergonómico, possui pneus largos com maior área de contacto com o solo, resultando em tração eficiente e melhor estabilidade em terrenos acidentados ou com baixa sustentação; promove baixa compactação no solo, o que acarreta menos danos à regeneração natural no caso de florestas nativas.
Na década de setenta do século XX, várias empresas fabricantes de papel e celulose passaram a utilizar, tractores agrícolas equipados com guinchos e pinças hidráulicas traseiras, miniskidders, tractores desenvolvidos específicamente para o arrastamento de madeira e skidders de gruas hidráulicas para o carregamento de camiões.
Na década de oitenta, vieram os feller-buncher de tesouras e de sabre. Como os feller-buncher proporcionam um pré-empilhamento das árvores, os tractores de arrasto, skidders e miniskidders, tiveram um incremento na sua utilização e produtividade combinada com a utilização das grandes desgalhadoras.
Na década de noventa, ocorreram os maiores avanços tecnológicos em máquinas utilizadas na mecanização florestal. As máquinas disponibilizadas foram os feller-bunchers de discos, desgalhadores, slachers, harvesters de pneus e máquinas base de esteiras com cabeçotes processadores, skidders, forwarders, gruas florestais com joysticks e garras montadas em escavadoras.
Hoje em dia existem skidders com motores PowerTech Plus Tier 3. Estes motores de seis cilindros apresentam novos recursos, como um turbo compressor de geometria variável, de potência controlada, cabeçotes com cilindros de quatro válvulas, e uma alta pressão do sistema de combustível common-rail, que contribuem para melhorar a potência do motor e desempenho da máquina, melhorando o combustível utilizado/consumido por tonelada de madeira movida. Potência, economia de combustível, níveis de torque, tempo de resposta, e outras características atendem ou superam as normas padrões. O Clambunk 1711D possui a força necessária para transportar grandes cargas em longas distâncias, além de possuir uma cabine que possibilita alta visibilidade da operação. Possui “Sistema de Controle Total da Máquina” (TMC) que controla, capta e armazena dados que ajudam a melhorar a disponibilidade e a produtividade da máquina. Com controle do motor, da transmissão e da grua, o operador também pode monitorizar o equipamento visual ou auditivamente com o sistema de alarme, que possui programa de diagnóstico para reduzir o tempo de paragem.
O clambunk skidder realiza o ciclo operacional da seguinte forma: Viagem vazio, começa quando o clambunk skidder sai da berma da estrada vazio, iniciando a etapa da viagem sem carga em direção aos feixes de árvores no interior do povoamento. Carregamento, inicia-se com a abertura da grua carregando as árvores depositando-as dentro da garra terminando quando a garra está carregada. Arrastamento, é quando a máquina se começa a deslocar com parte da carga suspensa em direção à berma da estrada. Descarga, ao aproximar-se da berma da estrada o operador com a grua descarrega os feixes, depositando-os de forma que não comprometa a etapa posterior da colheita florestal.
A forwarder tem controlos autênticos, bem como as respectivas funções, para que se possa avaliar o grau de dificuldade do trabalho do operador. Os movimentos e a elevação da alavanca foram reduzidos à escala de um tractor normal.
A função da forwarder é reunir os toros derrubados pela segadeira na floresta e transportá-los para uma zona de armazenamento na berma da estrada. Entre a segadeira e a forwarder formam a cadeia de derrube e transporte de árvores.
Os Forwarders Randon RK 614H, por exemplo, com tracção total 6x6 e RK 814H com tracção 8x8, são forwarders utilizados nas mais exigentes operações de trabalho de cargas florestais e ideal para terrenos que exigem alta performance e desempenho com baixo custo operacional.
O método de árvores inteiras é um sistema de extracção que utiliza a árvore inteira como uma unidade única e geralmente envolve um feller-buncher para derrubar e acumular (agrupar) as árvores num só lugar. Os skidders então arrastam as árvores para o local previsto, onde uma
máquina com um processador de poda ou um boom delimber descasca os troncos e corta as copas. Os troncos permanecem inteiros com comprimentos de 10 a 30 m até chegarem às fábricas. A vantagem deste sistema é a alta capacidade de extracção. O sistema de árvores inteiras é também um óptimo complemento aos investimentos de serrações em equipamentos florestais. Uma desvantagem do sistema é que ele requer grandes clareiras para lidar com a madeira e também exige grande quantidade de máquinas e pessoal.
A extração de madeira no continente norte-americano, na Europa e na Rússia é realizada com a utilização de uma grande variedade de equipamentos, dependendo das circunstâncias. O terreno, as espécies de árvores, as dimensões, as tradições e a infra-estrutura contribuem para a escolha das máquinas utilizadas.
O sistema de árvores inteiras, com corte parcialmente transversal é um método que consiste na combinação do sistema de árvores inteiras e do sistema de toros curtos. Como no método original de árvores inteiras, utiliza feller-bunchers, skidders e processadores situados em áreas abertas ou aterros perto de bermas de estrada. A madeira é cortada em comprimentos adequados para o transporte em estradas públicas. Este método é também utilizado no abate de grandes áreas. As suas vantagens são a alta produtividade e as opções de transporte mais flexíveis.
Quanto ao sistema de árvores inteiras com lenhadores, as árvores são derrubadas por lenhadores e então rebocadas para uma clareira com um simples skidder. Uma máquina de poda processa os troncos em comprimentos adequados para serem carregados em camiões.
O sistema escandinavo usa um forwarder e um harvester com pneus de borracha. O harvester derruba, poda e faz cortes em transversal nas árvores em comprimentos inferiores a 3 a 6 m. Um forwarder carrega os toros e transporta-os para a estrada mais próxima, onde a madeira é carregada em camiões. A vantagem aqui é que os veículos com pneus de borracha causam o mínimo de dano ao solo e os custos em combustível são menores por m3 de madeira. Este método é o mais ecológico. O sistema também é também muito flexível em relação à capacidade de atingir uma produção eficaz em áreas de extracção pequenas e de entregar diferentes qualidades de madeira e comprimentos especificados pelo cliente. Este sistema exige poucas máquinas e pouco pessoal e é dos mais utilizados na Europa.
O sistema norte-americano de toros curtos com corte transversal. Na floresta um feller-buncher derruba as árvores e é seguido por duas máquinas, uma com um cabeçote, com processadores para poda e corte transversal, e um forwarder para o transporte para a beira da estrada. As árvores derrubadas e podadas sofrem um corte transversal na floresta e os toros acabados são transportadas para a beira da estrada. As vantagens deste sistema são que ele é eficiente, resulta em grandes volumes de produção, permite uma grande variedade de classificações e exige menos construção de estradas já que os forwarders oferecem maior economia de transporte que os skidders.
Finalmente, existe o sistema de toros curtos com poda e corte transversal na beira da estrada.
Um feller-buncher corta as árvores que são então rebocadas para a beira da estrada, aí um processador com base em escavadora corta a madeira em comprimentos adequados. Este sistema combina o sistema de árvores inteiras e o sistema de toros curtos. As vantagens são a flexibilidade dos dois sistemas e o facto de os custos iniciais de um novo sistema de madeira de toros curtos serem baixos, já que as únicas máquinas necessárias são as máquinas para o sistema de árvores inteiras. Outra vantagem é que o sistema pode produzir comprimentos diferentes de acordo com as necessidades do cliente. Uma desvantagem é a exigência de grandes clareiras.
“O TRATADO DE MAASTRICHT”

O tratado de Maastricht que foi assinado a 7 de Fevereiro de 1992, entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993 e resultou de factores internos e externos.
O objectivo principal da Comunidade que era económico e consistia na realização de um mercado comum, foi ultrapassado de tal forma que adquiriu uma dimensão política.
Os cinco objectivos fundamentais que levaram à assinatura do tratado de Maastricht eram:
--Reforçar a legitimidade democrática das instituições.
--Melhorar a eficácia das instituições.
--Instaurar uma União Económica e Monetária
--Desenvolver a vertente social da Comunidade
--Instituir uma política externa e de segurança comum.
O tratado de Maastricht consagra oficialmente o nome de “União Europeia” que a partir daí substituirá o de “Comunidade Europeia”.
O tratado instaura políticas comunitárias em seis domínios que são, designadamente:
--Redes transeuropeias.
--Política industrial.
--Defesa do consumidor.
--Educação e formação profissional.
--Juventude.
--Cultura.
Com o tratado de Maastricht, o papel do parlamento europeu foi reforçado. Além disso, o tratado instituiu também um novo procedimento de co-decisão em que o parlamento pode adoptar actos juntamente com o conselho.
O mandato da comissão passou de quatro para cinco anos de forma a coincidir com o do Parlamento Europeu.
O tratado veio também instituir o Comité das Regiões composto por representantes das colectividades regionais, comité este com carácter consultivo.
Na área da União Económica e Monetária, o tratado também previu a criação de uma moeda única em três etapas:
--A primeira etapa instaurou a livre circulação de capitais.
--A segunda etapa consistia em permitir a convergência das políticas económicas dos estados-membros.
--A terceira etapa deveria iniciar-se, o mais tardar, a 1 de Janeiro de 1999 com a criação de uma moeda única e o estabelecimento do Banco Central Europeu (BCE).
Uma das grandes inovações do tratado foi a instituição de uma cidadania europeia paralela à cidadania nacional. Esta cidadania veio conferir novos direitos aos europeus, nomeadamente:
--O direito de circularem e residirem livremente na Comunidade sem necessidade dos respectivos passaportes.
--O direito de votarem e de serem eleitos nas eleições europeias e municipais do Estado em que residem.
--O direito à protecção diplomática e consular num país terceiro efectuada por um estado-membro que não seja o seu e caso o seu estado de origem não tenha relações diplomáticas com o respectivo país.
O direito de petição ao Parlamento Europeu e de apresentação de queixa junto do Provedor de Justiça Europeia.
O Tratado da União retomou como regra geral o princípio da subsidiariedade que, no Acto Único Europeu, se aplicava à política ambiental. Este princípio especifica que, nos domínios que não sejam da sua competência exclusiva, a Comunidade só intervirá se os objectivos puderem ser melhor alcançados a nível comunitário do que a nível nacional. O artigo A prevê que a união tome decisões ao nível mais próximo dos cidadãos.
Concluindo, percebemos que o tratado de Maastricht representa uma etapa determinante na construção europeia. Com a instituição da União Europeia, a criação de uma União Económica e Monetária e o alargamento da integração europeia a novos domínios, a Comunidade assumiu uma dimensão política.
Geografia

1-Indica dois factores que contribuem para a variação da radiação solar.
R: A atmosfera e os movimentos da terra.
2-Refere duas funções desempenhadas pela atmosfera terrestre.
R: Filtra e Absorve, ou seja, apresenta-se como uma “capa protectora” ou filtro do globo, reflectindo para o espaço ou absorvendo as radiações solares que seriam excessivas para a vida terrestre.
3-Indica os dois processos de aquecimento da camada baixa da atmosfera.
R: O efeito de estufa e o gradiente térmico.
4-Qual é o movimento que a Terra executa diariamente em torno do seu eixo?
R: É o movimento de rotação.
5-Quais as consequências do mesmo?
R: É responsável pela sucessão dos dias e das noites.
6-Relaciona este movimento com a variação da temperatura.
R: A variação da temperatura regista o máximo diário durante o dia, e o mínimo durante a noite.
7-Refere quais são as consequências do movimento de translação.
R: É responsável pela existência das estações do ano e determina a duração dos dias e das noites e também o número de horas de sol recebidas.
8-Indica três factores responsáveis pela variação da radiação solar.
R: A latitude, a altitude e o albedo.
9-Faz a distinção entre vertente soalheira e vertente úmbria.
R: A vertente soalheira regista temperaturas mais elevadas devido a estarem mais expostas à radiação solar. Já a vertente úmbria, acaba por receber menos radiação solar directa, e, consequentemente, as temperaturas são mais baixas.
10-Define albedo.
R: É a percentagem de energia solar reflectida por uma superfície em relação ao total de energia recebida. Ou seja, quanto mais brilhante for o solo, maior será a quantidade de radiação solar reflectida.
11-Distingue radiação solar de insolação.
R: A radiação solar é o total de energia solar que atinge a superfície do globo terrestre. Já a insolação, é o número de horas de sol durante um período de tempo.
12-Relaciona a latitude com a variação da radiação solar.
R: A radiação diminui à medida que nos afastamos do equador e nos aproximamos dos pólos. Esta situação deve-se ao ângulo de incidência dos raios solares que varia devido à forma da terra, à inclinação do eixo da terra em relação ao plano da orbita terrestre e por fim ao movimento de translação que o planeta terra efectua.
13-De que forma interfere a nebulosidade na variação da radiação solar?
R: Sabendo que, a nebulosidade é a quantidade de céu coberto por nuvens num dado instante, então, quanto maior for a nebulosidade, menor será a radiação solar e vice-versa.
14-Quais são as regiões de Portugal continental que registam valores mais elevados de insolação?
R: Verificam-se na região de Lisboa, na península de Setúbal, no Alentejo e no litoral Algarvio.
15-Onde se localizam os valores mais baixos?
R: Localizam-se nas terras altas do Minho.
16-Justifica essa distribuição.
R: Tendo em conta a localização geográfica de Portugal continental, a insolação, de uma forma geral, aumenta de norte para sul (devido à obliquidade dos raios solares e à diminuição da nebulosidade) e do litoral para o interior (devido à nebulosidade das zonas costeiras). Aumenta também com a diminuição da altitude, o que se fica a dever essencialmente a uma maior nebulosidade das áreas de montanha.
17-Caracteriza a variação anual da radiação solar em Portugal.
R: Os valores anuais da radiação solar em Portugal variam consideravelmente ao longo do ano. Com o mês de Julho a apresentar maior radiação na região sul do Tejo e o de Dezembro com o valor mais baixo na região do Douro.
18-Justifica essa variação.
R: Esta variação fica a dever-se à obliquidade dos raios solares (distância do Sol-latitude) e à quantidade de nebulosidade que se regista em Portugal nos meses de Inverno.
19-Onde se localizam os valores mais elevados de radiação solar em Portugal?
R: Localiza-se no litoral algarvio, e no Alentejo profundo (junto à fronteira).
20-E os valores mais baixos?
R: Localiza-se no Noroeste de Portugal, no alto Minho.
21-Justifica essa distribuição.
R: Se analisar-mos de uma forma mais geral da distribuição deste fenómeno, é visível que a radiação solar aumenta de norte para sul e do litoral para o interior.
22-Refere dois factores responsáveis pela variação da radiação solar nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
R: A nebulosidade e a Exposição das vertentes.
23-Refere três factores responsáveis pela variação da temperatura.
R: A latitude, a altitude e a proximidade do mar.
24-Relaciona a variação da temperatura com a latitude.
R: A latitude faz variar a temperatura devido ao ângulo de incidência (quanto maior a obliquidade dos raios solares, menor é a quantidade de radiação solar recebida).
25-Refere como varia a temperatura com a altitude.
R: A temperatura diminui à medida que a altitude aumenta.
26-Explica em que consiste o carácter amenizador desempenhado pelo oceano, relativamente à temperatura.
R: As características do oceano (quente ou fria) influenciam a sua temperatura (bem como a humidade) das regiões junto ao litoral.
27-Relaciona a variação da pressão com a altitude.
R: A variação da pressão varia em sentido inverso. A pressão será maior na base da montanha do que no topo da montanha.
28-Faz o mesmo com a temperatura.
R: Com o aumento térmico, verifica-se uma dilatação do ar e consequentemente uma menor pressão, ao arrefecer, contrai-se e processa-se a situação inversa.
29-Define pressão atmosférica.
R: É a pressão exercida pelo peso da atmosfera sobre a superfície terrestre.
30-Explica a circulação do ar num centro de baixas pressões.
R: Num centro de baixas pressões, como o ar é leve, tem sentido ascendente (sobe).
31-Faz o mesmo para um anticiclone.
R: Num centro de altas pressões, como o ar é pesado, tem sentido descendente (desce)
32-Qual é o estado de tempo associado a um anticiclone?
R: Está sempre associado ao bom tempo seco e sem nuvens. Quente e seco no Verão, e frio com céu limpo no Inverno.
33-Relaciona a posição geográfica de Portugal com os diferentes estados de tempo que ocorrem no nosso país.
R: O nosso país encontra-se numa área de transição entre a zona intertropical e a zona temperada, ficando assim sujeito à influencia de faixas de pressão e de massas de ar de características muito contrastadas.
34-Identifica os diferentes tipos de massas de ar que afectam Portugal.
R: São quatro. A tropical marítima (quente e húmida), a tropical continental (muito quente e seca), a polar marítima (fria e húmida) e a polar continental (muito fria e seca)
35-Quais são as mais comuns no Verão?
R: São sobretudo influenciadas pelas altas pressões subtropicais, ou seja, são as massas de origem tropical (quentes).
36-Estabelece a diferença entre os dois tipos de estados de tempo mais frequentes no Verão.
R: No anticiclone centrado no O. Atlântico, o céu é limpo ou pouco nublado, com vento de oeste ou noroeste. Já na depressão de origem térmica o céu é limpo e aumento da temperatura. Mas o vento sopra de este para sudeste. Também pode provocar trovoadas de Verão, com chuvas curtas mas intensas. Sobretudo nas regiões mais interiores e ao fim da tarde.
37-Quais são as massas de ar que afectam Portugal continental no Inverno?
R: São as massas de ar polares (marítima e continental) que irão determinar a existência ou não de precipitação.
38-Quais são os principais tipos de tempo no Inverno em Portugal?
R: São as de perturbado de oeste, anticiclone de origem térmica e depressão em altitude.
39-Qual é o mais frequente?
R: É o perturbado de oeste.
40-Caracteriza-o.
R: O céu é muito nublado e o vento sopra de oeste ou noroeste.
41-Quais são os diferentes tipos de chuvas existentes em Portugal?
R: São as chuvas orográficas, convectivas e frontais.
42-Explica a formação das chuvas orográficas.
R: Formam-se devido ao arrefecimento do ar quando este é obrigado a subir (passando pelo relevo) havendo, por isso, condensação e precipitação.
43-Indica três factores responsáveis pela variação da precipitação em Portugal Continental.
R: São o efeito da latitude, a altitude e a distância relativamente ao mar.
44-Explica em que consiste a barreira de condensação.
R: É um conjunto montanhoso que, ao deter as massas de ar húmidas que vêm do mar, faz as mesmas condensar e precipitarem-se.
45-Explica o efeito da continentalidade na precipitação.
R: As regiões litorais recebem sempre maiores quantidades de precipitação do que as regiões interiores.
46-Refere três factores que contribuem para a variação do clima em Portugal continental.
R: Relevo, proximidade do oceano e latitude.
47-Delimita geograficamente, os quatro conjuntos climáticos que se podem diferenciar em Portugal continental.
R: Clima de altitude, situado nas regiões montanhosas do centro do país e ainda em algumas serras do Norte de Portugal. E os climas temperados. O mediterrânico, estende-se por toda a região sul do Tejo, o continental na região de Trás-os-Montes e Beira Alta e por fim o marítimo, localizado na costa portuguesa acima de Lisboa.
48-Refere quais são os factores mais importantes no clima da Madeira.
R: São a influência oceânica, o relevo e a disposição das vertentes.
49-Explica as diferenças climáticas entre a vertente norte e sul da ilha da Madeira.
R: Na vertente norte apresenta temperaturas suaves e precipitação elevada, já a vertente sul apresenta temperaturas quentes e secas.
50-Caracteriza o clima dos Açores.
R: É profundamente influenciado pelo oceano e devido ao efeito da latitude e de um maior afastamento do continente africano, apresenta valores de precipitação médios muito superiores aos da Madeira, e , sobretudo, um maior numero de dias com precipitação por ano. A temperatura também é mais baixa em relação à da Madeira, mercê da latitude açoriana ser maior.
51-Estabelece a diferença entre o clima dos dois arquipélagos.
R: A precipitação é maior nos Açores e a temperatura é mais elevada na Madeira.
52-Quais são os tipos climáticos existentes em Portugal?
R: O clima de altitude e os climas temperados (mediterrânico, continental e marítimo)
53-Caracteriza a região noroeste de Portugal.
R: Caracteriza-se por ser uma região influenciada pelo clima temperado continental, ou seja, Verões quentes (com temperaturas semelhantes às da zona sul do país) e Invernos muito rigorosos, com temperaturas negativas a serem frequentes. Regista-se nesta zona a maior amplitude térmica do país. Outra particularidade é a ocorrência de neve.
54-Caracteriza o clima influenciado pela altitude.
R: Predomina nas regiões montanhosas do centro do país e ainda em algumas serras do Norte de Portugal. A influência da altitude provoca uma temperatura média anual mais baixa, com Invernos frios e verões frescos. A precipitação, por acção da altitude, é mais elevada, e no Inverno, ocorre muitas vezes sobre a forma de neve.
55-Faz uma pequena síntese sobre o clima temperado mediterrânico (temperaturas, chuvas, localização geográfica, estações secas…)
R: O clima temperado mediterrânico apresenta temperaturas elevadas no Verão e suaves no Inverno. A quantidade de precipitação anual é baixa, com grande número de meses secos, chovendo sobretudo na estação mais fria. As chuvas são irregulares originando períodos de seca, ou, em certos casos, cheias e inundações. Portugal possui predominantemente um clima com estas características, embora a influência oceânica, nas regiões norte e noroeste, o descaracterizem ligeiramente, tornando-o mais pluvioso. É um clima de transição entre a zona quente e as zonas temperadas, pelo que também é, frequentemente, designado por clima subtropical seco. A área mais extensa onde predomina este clima localiza-se na bacia do mediterrâneo, na faixa litoral do Norte de Africa e do Sul da Europa, incluindo quase todo o território português. Este clima é o único temperado que tem uma estação seca, pois, no Verão, é influenciado pelas altas pressões subtropicais. Como no Inverno, recebe a influência das baixas pressões das latitudes médias, a precipitação é relativamente abundante nesta época do ano.
56-Caracteriza o clima temperado mediterrânico.
R: Caracteriza-se por temperaturas médias mensais amenas no Inverno e superiores a 20ºC no Verão, apresentando uma amplitude térmica moderada ou alta. A precipitação é irregular ao longo ano, mais abundante no Outono e Inverno, com meses secos no Verão. Por fim, caracteriza-se pela diferenciação de duas estações mais prolongadas, o Inverno, ameno e chuvoso, e o Verão, quente e seco – e de duas estações de curta duração – A Primavera e o Outono, ambas de temperaturas amenas, mas o Outono, geralmente, mais chuvoso do que a Primavera.
57-Caracteriza o bioclima do clima temperado mediterrânico.
R: A floresta mediterrânica é constituída por árvores de folha persistente preparadas para suportar verões quentes e secas. A maquis é uma formação arbustiva densa onde se destacam arvores como o Loureiro. Já a Garrigue é uma formação vegetal pouco densa, constituída por arbustos dispersos, como o alecrim.
58- Faz uma pequena síntese sobre o clima temperado marítimo (temperaturas, chuvas, localização geográfica, estações secas…)
R: No clima temperado marítimo, as temperaturas oscilam pouco durante o ano (baixa amplitude térmica anual) devido ao efeito da proximidade do mar. Os verões são, por isso, amenos, e os Invernos pouco rigorosos. A precipitação é abundante e regular ao longo do ano, não se registam meses secos. Predomina entre os 40º e os 60º de latitude, norte e sul, nas áreas do litoral expostas aos ventos dominantes de oeste, no hemisfério norte, e de este, no hemisfério sul. É também na Europa que se localiza a área mais extensa de clima temperado marítimo, a fachada atlântica desde o Norte da península ibérica até ao Sul da Islândia e da Escandinávia. Nesta região, o relevo plano permite a penetração dos ventos marítimos até áreas mais afastadas da costa. As áreas onde predomina este tipo de clima são influenciadas pela proximidade do mar que ameniza as temperaturas, impedindo valores extremos, e aumenta a humidade do ar, contribuindo para a regularidade das precipitações. Estas regiões encontram-se, também, sob a influência das baixas pressões das latitudes médias, o que explica a ocorrência de chuvas abundantes, principalmente no Inverno, altura em que, no hemisfério norte, esses centros de pressão se localizam mais a sul.
59-Caracteriza o clima temperado marítimo.
R: Caracteriza-se por temperaturas médias mensais ligeiramente baixas no Inverno e amenas no Verão, apresentando uma amplitude térmica anual moderada. A precipitação é abundante ao longo de todo o ano, principalmente no Outono e no Inverno, e pela ausência de meses secos. E por fim pela diferenciação de quatro estações com, sensivelmente, a mesma duração.
60-Caracteriza o bioclima do clima temperado marítimo.
R: É constituído pela floresta caducifónica, com árvores de folha caduca, embora também possa surgir espécies de folha persistente. E também pelo prado, uma formação herbácea geralmente baixa e sempre verde.
61- Faz uma pequena síntese sobre o clima temperado continental (temperaturas, chuvas, localização geográfica, estações secas…)
R: O clima temperado continental apresenta um grande contraste térmico entre o Verão, com temperaturas muito elevadas, e o Inverno, muito rigoroso com temperaturas negativas. Regista assim, uma elevada amplitude térmica anual por acção da continentalidade (afastamento do mar). As precipitações são escassas no Inverno e concentradas no Verão. Encontra-se nas mesmas latitudes do clima temperado marítimo, mas apenas no hemisfério norte, devido à desigual distribuição da massa continental. Predomina no interior da Europa, da América do Norte e da Ásia e, também, na costa oriental norte-americana e asiática. Nestas duas regiões, apesar da proximidade do mar, a influência marítima é reduzida, pois os ventos dominantes sopram do interior dos continentes.
62-Caracteriza o clima temperado continental.
R: Caracteriza-se por temperaturas médias mensais negativas no Inverno e relativamente elevadas no Verão, apresentando uma amplitude térmica anual bastante acentuada. A precipitação é mais abundante nos meses de Verão, e geralmente, em forma de neve no Inverno. Também é caracterizado pela diferenciação de quatro estações com, sensivelmente, a mesma duração.
63-Caracteriza o bioclima do clima temperado continental.
R: A pradaria, com formação herbácea alta, continua, densa e homogénea. As raízes do bioma do clima temperado continental são profundas e ramificadas para poderem sobreviver à escassez de precipitação. Onde a precipitação é mais abundante, surge a floresta mista de árvores de folha caduca e de folha persistente.