terça-feira, 11 de outubro de 2011

“FALANDO DE FORMA AMBÍGUA”


Falando de forma ambígua
Esta história vou contar
Por ser uma história antiga
Eu nem queria acreditar

Certa noite um passarinho
Na janela veio pousar
Estava tão sossegadinho
Que até o pude agarrar

Afinal o seu sossego
Era por outro motivo
O animal era um morcego
Já quase não estava vivo

Larguei-o a ver se voava
Que o bicho estava de todo
Apenas cambaleava
Não se mexia de outro modo

Dei-lhe algumas palmadinhas
Para ver se arrebitava
Mas palmadas levezinhas
Ele nem sequer as notava

Fiz-lhe massagens cardíacas
E vi como reagiu
Essas horas foram críticas
E o bicho nem as sentiu

Tentei em ultima instância
Respiração boca a boca
Mas na minha ignorância
Foi essa a coisa mais louca

O animal reagiu
Ao entrar pela goela
E só depois de o engolir
Senti que ele era ela

Sem comentários:

Enviar um comentário